Pérez luta por vice, mas, acima de tudo, para manter emprego. Ainda não é suficiente

*** “Quando você não está totalmente confiante com o carro as coisas são mais complicadas”. A frase dita por Sergio Pérez pouco antes do GP da Hungria revela bem o período complicado que o mexicano enfrenta na temporada 2023 da Fórmula 1. Enquanto a Red Bull tem dominado com performances praticamente perfeitas de Max Verstappen, ‘Checo’ sofre para entregar resultados convincentes com o que pode vir a ser o melhor equipamento que o esporte já viu em todos os tempos. Se alguém que não acompanha a Fórmula 1 olhar a tabela de classificação e ver Pérez na vice-liderança do campeonato certamente vai pensar que os resultados são, ao menos, razoáveis. No entanto, analisando por esse prisma, é possível dizer que os números estão omitindo uma verdade que só pode ser encontrada quando se faz uma avaliação mais aprofundada da situação.Relacionadas▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!Apesar de ser o segundo no campeonato, performance de Pérez não tem convencido em 2023 (Foto: Red Bull Content Pool)Em análise rasa, estar na segunda posição de um campeonato de F1 com duas vitórias e duas pole-positions, de fato, não é algo de se jogar fora. Por outro lado, quando se entende que a Red Bull tem o que pode ser o carro mais dominante da história do esporte, que tem capacidade de vencer todas as corridas do ano, a situação começa a ficar ruim para o #11.O cenário de ‘Checo’ é delicado não pelo fato de ele estar tomando um baile de Verstappen, que já venceu dez vezes em 2023 e sustenta uma vantagem de 125 pontos na liderança. Na verdade, a Red Bull nunca esperou que Pérez fizesse frente ao holandês. Porém, existia a expectativa de que ele entregasse o mínimo para a equipe. E esse mínimo é muito mais do que simplesmente ser o segundo colocado no Mundial.Pérez começou a temporada competitivo e venceu duas das quatro primeiras corridas do ano, com destaque para atuação maiúscula durante todo o fim de semana de sprint no Azerbaijão. Contudo, após ser superado por Verstappen nas voltas finais do GP de Miami,Mônaco, em que bateu ainda no Q1 e precisou largar do fundo do grid.O acidente, que como o próprio piloto da Red Bull disse, fez perder a confiança no RB19 e entrar para a história da equipe de forma negativa. Depois de ficar de fora do Q3 por cinco GPs seguidos (entre Mônaco e Silverstone), Pérez carrega o fardo de ser o pior classificador taurino em 17 anos de escuderia. As voltas lançadas, de fato, nunca foram o ponto forte de Pérez, que durante sua carreira na F1 se destacou por fazer boas corridas de recuperação. Mas nem isso tem conseguido entregar com frequência em 2023.Sergio Pérez chegou a bater nos minutos iniciais do TL1 na Hungria (Foto: Reprodução/F1 TV)Quando se classificou mal nos GPs da Espanha, Canadá e Inglaterra, pistas com bons pontos de ultrapassagem, o mexicano até escalou o pelotão, mas não foi além de um quarto lugar — resultado fraco para um dos projetos mais bem sucedidos de Adrian Newey. A fase ruim chegou a colocar a vice-liderança em xeque depois de Fernando Alonso reduzir a diferença para apenas 9 pontos após a corrida em Montreal.A disputa pelo segundo lugar ficou mais tranquila depois de voltar a performar bem nos GPs da Hungria e da Bélgica e de ver a Aston Martin perder rendimento ao longo da temporada. A permanência na Red Bull, no entanto, pode ser uma incógnita, visto que por muito menos pilotos como Alexander Albon e Pierre Gasly perderam o assento.Vale lembrar que, nas respectivas passagens pela equipe dos energéticos, Gasly e Albon se colocavam com frequência no top-6 quando a Mercedes era soberana e a Ferrari brigava em pé de igualdade com a Red Bull como segunda força. Hoje, os taurinos estão em uma liga própria e qualquer resultado que não seja o segundo lugar pode ser considerado abaixo do esperado. Contudo, por que os austríacos ainda não demitiram Sergio?Bem, o período de domínio pode ser uma das justificativas. Hoje, o RB19 é tão superior que Verstappen, sozinho, seria capaz de conquistar o Mundial de Construtores. São 314 pontos do bicampeão contra 247 da Mercedes, vice-líder. Além disso, a equipe não quer se desfazer do robusto dinheiro das companhias de Carlos Slim, patrocinador de longa data de Pérez e magnata das telecomuniações.Somado a isso existe a falta de opções no mercado. Há alguns anos a academia de jovens pilotos não revela um grande nome, e, embora tenha seis integrantes na Fórmula 2, nenhum deles está apto a subir para a F1 no momento. A fase do programa é tão ruim que segundo o chefe da equipe, Christian Horner, a gama de pilotos à disposição da equipe será reduzida em 2024. Uma opção seria buscar alguém de fora, mas nomes conceituados como Lando Norris e Charles Leclerc, por exemplo, têm contrato amarrado com suas respectivas escuderias.Por isso, é possível dizer que o cenário atual for

Pérez luta por vice, mas, acima de tudo, para manter emprego. Ainda não é suficiente
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*** “Quando você não está totalmente confiante com o carro as coisas são mais complicadas”. A frase dita por Sergio Pérez pouco antes do GP da Hungria revela bem o período complicado que o mexicano enfrenta na temporada 2023 da Fórmula 1. Enquanto a Red >>>

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