Leclerc sobe e desce, mas tende a assumir liderança da Ferrari. Sainz precisa se coçar

Leclerc sobe e desce, mas tende a assumir liderança da Ferrari. Sainz precisa se coçarSituação na Ferrari é de incerteza geral, mas não há dúvidas de que Charles Leclerc é o único visto como capaz de ser líder. Carlos Sainz tem de se resolver Pedro Henrique Marum, do Rio de Janeiro *** A Ferrari tem contas a acertar consigo mesmo para o futuro na Fórmula 1. Desde a chegada de Frédéric Vasseur como chefe de equipe, movimento feito visando este 2023, que as certezas de outros tempos encolheram. Normal para tão grande mudança de filosofia e avaliações nos grupos de trabalho, desde engenharia até estratégia. Mas uma obviamente se sobressai: como é que a nova Ferrari enxerga a dupla de pilotos, Charles Leclerc e Carlos Sainz?▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!RelacionadasO mundo guardava uma compreensão da relação entre Ferrari e Sainz, ao menos desde 2020, quando abriu mão de Sebastian Vettel pouco após assinar um longo contrato de cinco anos com o monegasco, que era de liderança para o futuro. Se a equipe despencou naquela temporada e foi de meio de pelotão em 2021, nada teve a ver com os pilotos, mas com as dificuldades de um tenebroso motor e parte aerodinâmica. Leclerc, afinal, era um jovem que, dada a chance de 2019, mostrou como era capaz de tocar o céu.Aí, em 2022, com um carro recuperado, Charles enfileirou poles e somou vitórias, até liderando o Mundial de Pilotos por algum tempo. É verdade que cometeu alguns erros, mas é inegável que foi muito mais vítima que culpado. Tirando os problemas de confiabilidade, a Ferrari, então chefiada por Mattia Binotto, o mesmo que o deu o longo contrato, foi responsável direta a tirar dele vitórias em Mônaco e na Inglaterra para beneficiar Sainz.Se a opinião pública enxergava em Leclerc o líder do futuro, a escola quase messiânica da Ferrari, a impressão caiu por terra no último ano e meio. Os italianos se recusaram a trabalhar prioritariamente por Leclerc enquanto ele disputava o título mundial em 2022 e, neste ano, já sob a batuta de Vasseur, chega a impressionar o quanto a opinião dele está longe de ser vista como prioridade.Leclerc pode até sofrer de certa inconstância, mas os melhores momentos mostram se tratar de brilhante piloto (Foto: AFP)No GP da Espanha, por exemplo, em dado momento a Ferrari avisou a Leclerc que efetuaria um pit-stop para colocar pneus duros. O piloto, que sofria com aderência, respondeu que preferia macios. O engenheiro assentiu. Assim que entrou no pit-lane, o engenheiro se manifestou novamente. “Estamos colocando os pneus duros”. Charles ficou em silêncio, mas sofreu no fim da prova.Mesmo num 2023 longe de brilhante, mas com um carro que está acima do nível de pelotão intermediário, é visível que Leclerc é um piloto com mais possibilidades e mais concreto que Sainz. Isso está posto. Se algum dos dois tem chances reais de liderar a Ferrari no futuro, é ele. Mas fica a pergunta: é o que a Ferrari quer?Se a própria Mercedes admite interesse por ele, aumentando ainda mais o poder de barganha que tem, Charles jura que mantém os olhos em Maranello. Mas não tem ideia do que o time quer dele.“Os rumores que me colocam em outras equipes significam apenas que estou fazendo bem o meu trabalho. Mas sou indiferente a eles porque sei o que quero. Ainda não sei o que a Ferrari quer de mim. As discussões sobre o contrato ainda não começaram, mas está tudo claro para mim, eu amo a Ferrari e quero vencer aqui. Essa é a minha prioridade”, garantiu.Ainda fez até um aceno a Vasseur, com quem trabalho antes na ART, ainda nas categorias-satélites, e na Alfa Romeo.“Além do amor pela Ferrari que sempre existiu e continua existindo, compartilho muitas coisas com Fred [Vasseur], e muitas delas têm a ver com planos para o futuro. Estamos alinhados. Sei o que está por vir e tenho fé”, finalizou.É importante, porém, que essa fé vire compromisso para além de 2024, quando termina o atual contrato. Leclerc tem mercado e talento de sobra. Não faz sentido esperar para sempre uma equipe que não dá o devido valor ao talento que tem nas mãos, seja essa equipe quem for.Leclerc e Sainz estão em contrato que termina no fim de 2024 (Foto: Ferrari)Já a situação com Carlos Sainz é um pouco distinta. Ninguém duvida de que Sainz é um bom piloto, sólido e inteligente. Mas é um piloto brilhante? É alguém com quem uma equipe de ponta pode contar constantemente para os melhores resultados possíveis? Vitórias, sobretudo. A resposta ainda não pode ser aferida com certeza, mas tende para uma negativa.Sobretudo quando comparado a alguém de talento tão pujante quanto Leclerc que, em meio aos defeitos, é piloto brilhante, a situação se complica para Carlos. O brilhantismo não é exatamente o trejeito mais presente, mas a consistência para estar sempre próximo do que o carro pode tirar. E funciona de maneira

Leclerc sobe e desce, mas tende a assumir liderança da Ferrari. Sainz precisa se coçar
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