Honda Civic Type R: só entende quem dirige!

Vivemos em um mundo automotivo cada vez mais repleto de SUVs e carros automáticos, duas coisas que os puristas não são lá muito fãs. Mas de tempos em tempos alguma coisa visceral aparece, algo que demonstra nos mínimos detalhes ter sido feito por aqueles que são apaixonados por carros no cerne da questão, no mais apurado sentido da relação entre homem e máquina. O Honda Civic Type R materializa perfeitamente tudo isso! Comprando história Quando compramos um carro, não levamos para casa somente uma unidade daquele modelo, mas sim carregamos parte do DNA e da história da marca que escolhemos. E caso você decida pelo Type R, ele virá fortemente impregnado deste conceito! Afinal, esse nome surgiu em uma lenda da marca, o Honda NSX, que foi apresentado em 1989 e ganhou o Type R em 1992. Essa versão era mais leve e mais potente, assim se tornando o esportivo mais agressivo da marca. Infelizmente ela só foi vendida no japão e não temos unidades no Brasil. Já o Civic ganhou esse nome em 1997 para se tornar uma verdadeira lenda entre os entusiastas. A versão hatch trazia o famoso motor B16 de 160 cavalos, com alívio de peso, redução de itens de conforto e maior rigidez da carroceria. Visualmente havia o grande aerofólio, logos da Honda com fundo vermelho, bancos concha vermelhos e carpete vermelho. Um Type R conservador? Calma, a palavra conservador não se refere de forma alguma sobre como anda esta máquina, mas sim sobre o visual do mesmo, afinal, se você tirar algum tempo navegando pela internet, verá que as versões anteriores do Type R sempre foram mais chamativas. O azulão chama atenção por onde passa, mas seu visual geral é relativamente sóbrio. Tem detalhes em black piano como a grade, entradas de ar, spoilers laterais e retrovisores. Sim, o aerofólio é grande. E o mais importante: é funcional! O emblema Type R na grade dianteira e na tampa do porta-malas chega a passar despercebido. O que chama atenção mesmo são os logos com fundo vermelho, que brilham e contrastam com o azul da unidade que testamos. As rodas de 19 polegadas são pretas e com acabamento acetinado. É um toque de muito bom gosto em um carro que de cromado só tem as 3 ponteiras de escape na parte central do para-choque traseiro. Imersão esportiva Se você já provou um Civic da 11ª geração, sabe o quão evoluído está o carro. Acabamento e montagem feitos de forma impecável, além de itens de conforto e tecnologia que facilitam o seu uso do carro e contribuem ainda mais para sua segurança. Praticamente tudo isso também está presente no Type R, mas ao entrar no carro as fortes doses de esportividade te agarram para uma realidade do que ele irá fazer nas pistas. Os bancos são esportivos, revestidos em uma espécie de suede na cor vermelha. O carpete faz referência ao primeiro Civic que ganhou esse nome. Uma pequena plaquinha numerada no painel mostra qual a unidade do carro, um toque de exclusividade que todo entusiasta adora. O volante também tem tecido do tipo suede, feito para dar o maior grip possível para quem quer pilotar esta máquina usando luvas. E por falar em pilotar, a posição de dirigir é perfeita. Você conseguiria dormir? Eu duvido que você conseguiria dormir tendo um Type R em sua garagem, imaginando as ruas vazias para dar um passeio como manda a cartilha de um legítimo esportivo purista. Por que purista? É simples! O câmbio manual muda totalmente a experiência com o carro, bastando algumas horas dirigindo o Type R para você se entender plenamente com ele, se sentir parte do carro, como se você estivesse vestindo-o. E que câmbio, hein! São 6 marchas muito bem escalonadas, com um experiência de troca que dá um verdadeiro tapa na cara da maioria dos carros com câmbio manual. É bem diferente de uma transmissão de um carro comum. Vamos aos números?! Falávamos do quão bom é o câmbio. Ele está acoplado a um motor 4 cilindros turbo de 297 cavalos, um pouco menos que as versões vendidas fora do Brasil. Tudo isso é por conta do nosso combustível, que pediu alguns ajustes por parte da Honda. São 42,8 kgfm de torque já disponíveis aos 2.600 rpm, para levar seus 1.451 kg de 0 a 100 quilômetros por hora em 5,4 segundos. Nada mal, não acham?! Como anda? Vai ter muita gente falando que tem carro com números melhores pelo mesmo preço. Mas o Type R não é entendido assim, ele deve ser sentido para ser compreendido! Só dirigindo conseguiremos deixar o jogo de super trunfo de lado. É preciso entender que ele é um verdadeiro engolidor de curvas, que vai entrar e sair mais rápido delas do que muitos carros mais caros e mais potentes. Sua dinâmica é simplesmente incrível, e te faz esquecer que se trata de um carro de tração dianteira. Os modos de condução variam o carro desde o comfort, sport e o +R, onde encontramos a configuração mais apimentada. Nesse modo o painel ganha até mesmo um visual de carro de corrida e o shift light acende e apita para te convidar às trocas de marcha.

Honda Civic Type R: só entende quem dirige!
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