F1: Villeneuve acredita em dificuldades no final da temporada 2024

Jacques Villeneuve, ex-piloto e campeão de Fórmula 1 em 1997, faz previsões sombrias para o encerramento da temporada 2024, que contará com uma série tripla de corridas consecutivas em um calendário recorde de corridas. O retorno da China e Ímola expandirá a temporada de 2024 para 24 GPs, ultrapassando as 22 corridas das últimas duas temporadas. Após os desafios enfrentados com o calor intenso no ano anterior, o Catar foi realocado para se juntar a Las Vegas e ao encerramento tradicional em Abu Dhabi, acontecendo em três finais de semana consecutivos. A intenção de realizar o GP de Las Vegas à noite, trouxe algumas complicações, levando a sugestões de ajustes no cronograma. As preocupações aumentaram quando os pilotos foram informados de que a corrida seria a segunda parte de um triplo encerramento de temporada em 2024. Mantendo o horário de início às 22:00 locais, Las Vegas está prestes a oferecer um desafio intenso para todos os envolvidos, conforme destacou Villeneuve. "Isso será brutal", afirmou ao PlanetF1 sobre o calendário de 2024. "Já o duplo evento no final da temporada, voando de volta de Vegas, que não é um aeroporto fácil de partir, é ok para uma equipe grande porque podem alugar um avião grande, colocar todos os mecânicos e voar." "É realmente brutal para a imprensa, acho que é o grupo que está sendo deixado para trás em tudo que está acontecendo. O custo de tudo está aumentando, hotéis, viagens, essas viagens se tornaram muito, muito complicadas. Mas para as equipes, elas encontram formas de viajar. O rodízio de pessoal pode funcionar, mas é difícil para a equipe. O fuso horário está na direção errada, pois você perde tempo ao chegar em vez de ganhar", disse ele. "Isso torna muito agitado organizar tudo, montar as equipes, catering e tudo mais. Leva tempo e é um pouco difícil. Ter três corridas seguidas será muito cansativo, especialmente no final do ano e com a temporada terminando em dezembro. É difícil para os mecânicos, não para os pilotos", acrescentou. Com crescentes preocupações em relação ao bem-estar dos engenheiros e mecânicos que viajam para as corridas, James Allison, Diretor Técnico da Mercedes, afirmou que discussões ocorreram entre a F1 e a FIA sobre a possibilidade de limitar o número de corridas para o pessoal. Villeneuve reconhece que a carga de trabalho dos pilotos na era atual, é menos exaustiva do que na sua época, quando os testes durante a temporada eram uma função incessante. "Se olharmos para os dias em que havia testes, havia menos corridas, mas muitos testes." "Então, a quantidade de quilometragem e dias na pista para o piloto era maior naquela época, mas você tinha duas equipes, uma equipe de teste e a equipe de corrida. Então, os mecânicos realmente tinham tempo para voltar para casa e assim por diante, agora se tornou brutal para os mecânicos", encerrou o canadense.