F1: Ex-gerente da Toro Rosso acredita em influência de Jos Verstappen em comportamento de Max

Uma antiga experiência de Jos Verstappen, pai do atual campeão de Fórmula 1, Max Verstappen, pode ter moldado de forma profunda a mentalidade do piloto da Red Bull. Graham Watson, que trabalhou como gerente de equipe na Toro Rosso, e também continuou no cargo já depois da mudança do nome do time para AlphaTauri, estava lá na época da estreia de Max, acredita que uma lição aprendida por Jos (ex-piloto de F1) sobre priorizar o 'número 1' da equipe ainda ecoa na postura do jovem campeão. O episódio remonta a 1994, quando Jos corria pela Benetton como substituto de JJ Lehto. Naquele ano, ele testemunhou de perto a preferência da equipe por Michael Schumacher, o que segundo Watson, deixou marcas no piloto: "Eu acho que Jos sentiu que Schumacher tinha melhor material e era favorecido pela equipe. Tive a impressão que Jos teve dificuldades para aceitar isso, porque ele também era um piloto muito talentoso." Já o estilo competitivo de Max na F1 não é segredo para ninguém. Em suas últimas três temporadas, ele superou facilmente o companheiro de equipe Sergio Perez, e ao longo de toda a carreira, apenas Daniel Ricciardo e Carlos Sainz conseguiram superar suas pontuações, enquanto foram companheiros de equipe do holandês. Watson, que conviveu com Max em seus primeiros passos na F1, vê uma influência direta do pai nesta mentalidade: "Flavio Briatore (chefe da Benetton), tinha um forte vínculo com Michael, tanto no aspecto esportivo quanto no pessoal. É por isso que eu acho que Jos imprimiu em Max muito cedo, a ideia de que a primeira coisa que você tem que fazer é destruir seus companheiros de equipe. E nós vimos isso nos últimos anos." A filosofia transmitida por Jos, segundo Watson, vai além da simples sede de vitória: "Tem que ser o seu time, você tem que ser o homem em torno do qual tudo gira. Estou convencido de que você agora também vê isso com Max. Primeiro, derrote seu companheiro de equipe, depois conquiste o título." Por fim, Watson acredita que a experiência de Jos na Benetton, influenciou Max a buscar igualdade de condições dentro da equipe, confiando em seu talento para fazer a diferença: "Até hoje, eu não acho que Jos recebeu um tratamento justo na Benetton. E isso, em parte, garantiu que Max entendesse muito bem esse aspecto do esporte. Ele não precisa de melhor equipamento, ele quer o mesmo equipamento. O talento fará o resto", concluiu. Seja pela influência direta do pai ou por uma simples coincidência de personalidades, a mentalidade focada em ser o número 1 da equipe, observada por Watson, certamente contribui para o sucesso de Max Verstappen na Fórmula 1.