Conhecendo a Rota do Vulcão em Poços de Caldas (MG)

Fizemos um dos rolês de off-road mais bonitos do sudeste, em Poços de Caldas, Minas Gerais! Já havia escutado a respeito desse roteiro e nunca tinha conseguido encaixá-lo na agenda, mas dessa vez não escapou! E valeu muito os quase 1000 quilômetros que rodamos no total. Vulcão em Poços? De onde vem isso? Se ouve muito falar que a cidade mineira de Poços de Caldas esta dentro da cratera de um vulcão que pode entrar em erupção a qualquer momento, mas isso é lenda! Ainda bem! Segundo o engenheiro Resk Frayha, estudioso da região, o que acontece é o seguinte: Fotos: Trinity Ronzella/ Rafael Takassi A área do vulcão é enorme. (Foto: Na boca do Vulcão)Um tempinho atrás, cerca de 80 milhões de anos, a região de Poços de Caldas sofreu uma intrusão de rochas alcalinas, ou seja, com a movimentação intensa de rocha e magma no subsolo, somado ao rompimento da crosta terrestre, surgiram as montanhas, elevando em 500 metros a altitude da região. Com o resfriamento das rochas, o solo da região central sofreu um “afundamento” e deu origem ao Planalto de Poços de Caldas. Estamos falando de uma área com 800 km² e 30 km de diâmetro, é muito grande. Durante muito tempo achou-se que se tratava de uma “boca” de grande vulcão oriunda de explosão mas, isso não se sustentou e hoje é definida como sendo de origem vulcânica. Não foram encontrados vestígios de lava vulcânica nos arredores das montanhas, o que seria natural se fosse um grande vulcão mas, algumas manifestações vulcânicas aconteceram dentro do planalto (foram encontradas 13 estruturas circulares), o que deu origem às internacionalmente famosas, águas sulfurosas e as riquezas minerais que formam o complexo alcalino de Poços de Caldas, tido como um dos mais notáveis do mundo. Roteiro Em nosso rolé parecia que estávamos rodando dentro de um vulcão, dado o calor que pegamos, para você ter uma ideia, algumas vezes a temperatura informada na moto beirou os 40ºC o que nos fez adotar uma conduta mais conservadora e efetuar mais paradas para hidratação, repor as energias e descansar. Fizemos o roteiro em dois dias pelo tempo ser curto mas, como passeio, o ideal seriam quatro  dias para aproveitar bem a região e tudo que ela oferece, vamos ao que fizemos. Detalhe: o roteiro todo é bem acidentado, as estradas são de cascalho, pouco movimentadas e a região é riquíssima em paisagens, mas sempre há surpresas. Foto: Fabio CastroNos encontramos um dia antes de começar no New York Pub, em Poços de Caldas (MG), uma casa noturna a dez minutos de caminhada do hotel, onde nos reunimos para curtir boa música e comer muito bem, em um ambiente muito legal e bem decorado. Primeiro dia – Poços de Caldas – Caldas (185 km) O início do roteiro começa na Represa do Bortolã, na entrada de Poços de Caldas e vai sentido São Roque da Fartura. Nesse trecho as paisagens do Vale da Grama, uma fazenda que produz um azeite premiado internacionalmente, uma igreja desenhada por Niemeyer, plantações de café, abacate, azeitona e pecuária, além de paisagens lindíssimas preenchem todo o trajeto. Em determinado momento, o roteiro é o mesmo do Caminho da Fé por alguns quilômetros e, em outro ponto vai no sentido contrário, por isso, preste atenção nas setas do Rota do Vulcão que estão por todo o trajeto. Seguindo para Águas da Prata uma placa de “estrada interditada” e “sem saída” nos surpreendeu. Curiosos e desconfiados, fomos conferir o que era e fizemos um curto, porém muito gostoso “single track. Mas se não tem experiência em trilha, melhor fazer a volta pelo asfalto, que é onde esse trecho nos leva para descer até o distrito de Cascata. Cascata foi palco de luta entre mineiros (produtores de leite) e paulistas (produtores de café), na revolução de 32, a conhecida Guerra Café com Leite, vencida pelos mineiros. O marco divisório da fronteira e a estação de Cascata estão lá, a caminho de Andradas que tem como atrativo a Cachoeira Ponte de Pedra e a Gruta do Indio. Fora isso, passamos em frente a Pico do Gavião e iniciamos uma longa decida para o Bairro do Óleo, antes de seguir para Ibitiura de Minas. Nesse trecho passamos por dentro de uma propriedade particular, tendo que abrir e fechar porteiras, o visual da Pedra do Elefante é um ponto especial que pode ser avistado por um longo trecho.No caminho para Santa Rita de Caldas subimos a Serra do Sertãozinho e rodamos pelo topo da cadeia vulcânica com visuais da Pedra da Cruz, Pedra do Pântano e ainda, Pedra do Elefante. Um fato chamou bastante a atenção com um grupo de cavaleiros pela estrada. Uma carroça que estava junto era responsável por levar a cerveja. Depois de bebidas pelos cavaleiros, eles as atiravam ao chão com a maior naturalidade. Formou-se um rastro de latinhas de cerveja por quilômetros. Lamentável ainda presenciarmos tal atitude. Nota: no roteiro há sempre um vilarejo a menos de 30 quilômetros. De Santa Rita de Caldas para Caldas, optamos por fazer um trecho extra que valeu muito a pena. Depoi

Conhecendo a Rota do Vulcão em Poços de Caldas (MG)
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Fizemos um dos rolês de off-road mais bonitos do sudeste, em Poços de Caldas, Minas Gerais! Já havia escutado a respeito desse roteiro e nunca tinha conseguido encaixá-lo na agenda, mas dessa vez não escapou! E valeu muito os quase 1000 quilômetros que ro >>>

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