Retrospectiva 2023: polêmicas e escândalos que marcaram o mundo dos carros

Ano teve lançamento de picape elétrica da Tesla após atrasos, Elis Regina em comercial da Volkswagen e investimentos pesados de marcas chineses no Brasil Se 2023 não foi o ano dos sonhos para a indústria automotiva brasileira, ao menos não faltaram boas histórias. O carro flex nacional completou 20 anos e a Volkswagen usou a inteligência artificial para trazer de volta a cantora Elis Regina. Além disso, duas novas marcas chinesas confirmaram que vão iniciar as operações no Brasil em 2024. Ou seja, já temos assunto para a próxima retrospectiva. Mas enquanto o ano novo não começa, vamos recapitular o que de mais importante aconteceu em 2023. Boa leitura! Saiba-mais taboola Carro popular voltou. E já acabou De 6 de junho a 7 de julho. Durou praticamente um mês o programa de incentivo à indústria automotiva promovido pelo governo Lula. A ideia era reduzir os estoques nos pátios e nas concessionárias e amenizar a ociosidade nas fábricas do país. E o plano funcionou. Com descontos de até R$ 8 mil, os brasileiros fizeram filas para comprar carros mais baratos. Renault Kwid e Fiat Mobi voltaram a custar menos de R$ 60 mil durante programa de carro popular Renato Durães "Houve uma disputa entre as fabricantes para atender os consumidores porque o prazo era curto", disse Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, a associação das montadoras. "Registramos o terceiro melhor emplacamento diário da história e o melhor em dez anos, com 27 mil unidades em apenas um dia, 30 de junho", completou. Para baixar os preços dos carros novos, seguindo uma série de critérios, a indústria recebeu R$ 800 milhões em créditos do governo. Com isso, cerca de 150 mil veículos foram vendidos com alguma redução no preço. Incentivos e impostos Duas outras medidas anunciadas pelo governo em novembro geraram muita polêmica e escancararam a divisão entre as fabricantes que atuam no Brasil. Primeiro, o projeto da reforma tributária foi aprovado com a renovação dos incentivos para a produção de veículos nas regiões Nordeste e Centro-Oeste. Por si só, a medida já beneficiaria Stellantis, que tem fábrica em Goiana (PE), Mitsubishi, instalada em Catalão (GO) e Caoa Chery, que produz em Anápolis (GO). Stellantis se beneficiou de prorrogação dos incentivos na região Nordeste Divulgação O texto original previa apenas benefícios fiscais para modelos híbridos e elétricos. Porém, uma mudança na proposta passou a contemplar também veículos flex, que não necessariamente trazem avanços tecnológicos para a indústria local. Poucos dias depois, o governo anunciou que veículos elétricos e híbridos voltarão a pagar imposto de importação, acabando com o incentivo anunciado em 2015 para estimular veículos menos poluentes. As alíquotas subirão gradualmente até 2026, quando será de 35%. A medida veio no ano em que carros eletrificados importados começaram a incomodar modelos consagrados nas vendas e, claro, desagradou parte da indústria. Veja aqui o cronograma da volta do imposto de importação. 20 anos do carro flex Volkswagen Gol foi o primeiro carro flex a ser apresentado no Brasil Divulgação Mas há motivos para celebrar, sem dúvida. Em 2023, os primeiros carros flex completaram 20 anos. Na época, ainda que houvesse desconfiança com a tecnologia, as fabricantes correram para lançar a tecnologia primeiro. Autoesporte contou, na época, que a Ford foi a primeira a mostrar esboços de um motor que pudesse ser abastecido com gasolina e álcool. Mas a Volkswagen pulou na frente e aproveitou o aniversário de 50 anos de operações no Brasil para lançar o primeiro carro flex do país. A cerimônia aconteceu em 24 de março de 2003, na fábrica de São Bernardo do Campo (SP). É dessa data a famosa foto do presidente Lula simulando o abastecimento de um Gol. Palio flex chegou às lojas antes, mas foto do Gol é a mais lembrada Divulgação e Gettyimages Mas há um detalhe... ainda não havia produção em série. A VW aproveitou as festividades para apresentar o carro, mas as entregas só ocorreram meses depois. Até lá, a Fiat apresentou o Palio 1.3 e a Chevrolet, o Corsa 1.8, ambos com motores flex. Porém, a foto que ficou para a história é a do Gol. E a Ford? Bom, foi a última das “grandes” da época a colocar um carro bicombustível nas ruas. De lá para cá, mais de 40 milhões de carros flex foram produzidos e vendidos no Brasil. Milhares deles, inclusive com a tecnologia híbrida, lançada de forma pioneira pela Toyota. E que, em breve, será acompanhada por Stellantis e Volkswagen. Invasão chinesa GWM comprou a fábrica que era da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP) Divulgação Uma década e meia após a chegada das primeiras marcas chinesas ao país, o Brasil vive agora uma segunda invasão de fabricantes do maior mercado automotivo do mundo. Mas esse capítulo, além de mais promissor, já que a indústria automotiva chinesa amadureceu nesse período, vem acompanhado de bilhões de reais anunciados em investimentos. Primeiro, a GWM anunciou a compra da fábrica de automóveis da Mercedes

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