Os desafios do carro elétrico no Brasil em 2024 com o imposto de importação

Imposto de importação será de 10% a partir de janeiro de 2024 e até julho de 2026 vai chegar a 35% O Brasil tem exatamente 51 carros elétricos novos à venda no mercado nesse fim de 2023. E se algum deles te interessa, saiba que para 2024 as notícias não são das melhores: os preços devem subir com a volta do imposto de importação para elétricos, híbridos e híbridos plug-in. O anúncio foi feito pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) em 10 de novembro. Portanto, o ano será de muitos desafios para este mercado que bateu recorde histórico em 2023. Autoesporte vai explicar como será a volta deste imposto de importação e como as fabricantes terão que se adaptar a isso. Vendas dispararam em 2023 De janeiro até o final de novembro de 2023, as vendas de elétricos já alcançaram a marca de 13.292 unidades. O crescimento é bem significativo de 57%, se comparado com 2022, quando o número de emplacamentos do segmento foi de 8.458 do mesmo período. Saiba-mais taboola O líder disparado é o BYD Dolphin — eleito o Carro do Ano 2024 —, que vendeu 4.561 unidades, segundo a Fenabrave, associação que representa as concessionárias. Somente em novembro foram 1.694 emplacamentos, muito mais do que os 286 do vice-líder, Yuan Plus, também da BYD. Como vai funcionar a volta do imposto? A tributação será de 35% para as três categorias, porém, será cobrado de forma gradual a partir de janeiro de 2024. Confira abaixo quanto e quando os impostos entram em vigor para cada categoria: Carros híbridos 12% em janeiro de 2024 25% em julho de 2024 30% em julho de 2025 35% em julho de 2026 Carros híbridos plug-in 12% em janeiro de 2024 20% em julho de 2024 28% em julho de 2025 35% em julho de 2026 Carros elétricos 10% em janeiro de 2024 18% em julho de 2024 25% em julho de 2025 35% em julho de 2026 Cotas Apesar de retomar o imposto de importação, o governo atribuiu uma cota para que as fabricantes possam trazer ao Brasil carros eletrificados sem pagar a alíquota. O governo já estabeleceu os valores totais, mas ainda não detalhou quanto cada fabricante terá direito. A promessa era que a distribuição de cotas fosse anunciada em dezembro, mas o ano se encaminha para o fim e o governo ainda não anunciou a divisão. Confira as cotas totais para os próximos anos: Cotas para importação de carros eletrificados Por que o imposto vai voltar? De acordo com o governo, a intenção é "desenvolver a cadeia automotiva nacional, acelerar o processo de descarbonização da frota brasileira e contribuir para o projeto de neoindustrialização do país". A volta do imposto de importação acontece oito anos após o governo baixar de 35% para zero a alíquota para veículos híbridos e elétricos. Initial plugin text Produção de elétricos no Brasil Nenhuma fabricante instalada no país produz veículos elétricos atualmente, mas isso já tem data para mudar. A chinesa BYD comprou a fábrica que pertenceu à Ford entre 2001 e 2021 em Camaçari (Bahia) e confirmou que vai fabricar dois elétricos, o Dolphin e Yuan Plus, e um híbrido, o Song Plus. O investimento inicial é de R$ 3 bilhões e o começo da produção está previsto para o segundo semestre de 2024. A partir de 2025 o objetivo é fabricar 150 mil unidades por ano — sem especificar a quantidade exata de cada modelo. É provável que o Dolphin tenha um volume de fabricação maior do que dos outros. BYD Dolphin Plus é a versão mais potente do elétrico com 204 cv Murilo Góes/Autoesporte Entre os híbridos nacionais, estão apenas os Toyota Corolla e Corolla Cross e os Caoa Chery Tiggo 5x e Tiggo 7 Pro — os dois últimos têm um sistema híbrido leve, de menor complexidade e eficiência energética. A GWM, que comprou a fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (São Paulo), pretende nacionalizar o SUV híbrido Haval H6, eleito o melhor motor até 2.0 no prêmio Carro do Ano 2024 com seu 1.5 turbo híbrido plug-in. Mas isso ainda tem não data para acontecer. Corolla Cross tem tem motor híbrido flex Murilo Góes Carro elétrico mais barato do Brasil Os três carros elétricos mais baratos do Brasil são: Caoa Chery iCar (R$ 119.990), Kwid E-Tech (R$ 123.490) e Jac E-JS1 (R$ 126.900). O Dolphin é um pouco mais caro do que o trio e parte de R$ 149.800. Pensando que os 10% de repasse do imposto seja integral, os valores do quarteto acima vão para: Caoa Chery iCar (R$ 131.989), Kwid E-Tech (R$ 135.839), Jac E-JS1 (R$ 138.600) e Dolphin (164.780). É pouco provável que isso aconteça e o repasse deve ser menor no preço final dos carros, entretanto, um certo aumento deve ser inevitável, portanto, fica aqui nosso reforço novamente: não espere chegar 2024 para comprar o seu carro elétrico. O que esperar para 2024? Como mencionado acima, com certeza os carros elétricos vão começar 2024 mais caros. E o desafio das fabricantes é justamente fazer uma estratégia para não elevar muito os valores repentinamente, para que um mercado que decolou em 2023 não sofra retrocesso em 2024. O que deve acontecer para minimizar o impact

Os desafios do carro elétrico no Brasil em 2024 com o imposto de importação
Publicidade (DT)
Publicidade (DT)
Imposto de importação será de 10% a partir de janeiro de 2024 e até julho de 2026 vai chegar a 35% O Brasil tem exatamente 51 carros elétricos novos à venda no mercado nesse fim de 2023. E se algum deles te interessa, saiba que para 2024 as notícias >>>

Essa é mais uma manchete indexada e trazida até você pelo site AUTOMUNDO.