Presidente da Ford fala sobre futuro da marca e fim da produção no Brasil
Daniel Justo comemora resultados da empresa, que fechou todas as fábricas no país há quase três anos Quase três anos após encerrar a produção de veículos no Brasil, a Ford celebra o melhor momento no país em muito tempo. Os volumes são menores do que quando havia fábricas, mas a empresa hoje é mais rentável e tem uma linha de produtos mais alinhada ao que existe nos Estados Unidos. Saiba-mais taboola Até o final do ano terão sido nove lançamentos, sendo a Ranger Raptor o último deles. A prometida décima novidade ficou para 2024. E o ritmo para os próximos anos deve continuar acelerado. Virão os novos Mustang e atualizações para a F-150, inclusive a versão elétrica Lightning, que também já tivemos a oportunidade de testar. A seguir você vai conhecer melhor não apenas os planos da Ford como também um pouco do executivo que está comandando essa mudança de imagem da centenária fabricante. Encerrar a atividade industrial de 101 anos (a Ford foi a primeira empresa a montar veículos no Brasil) sem deixar os donos de modelos da marca na mão, demitir mais de 6 mil funcionários, preservar a imagem e elevar a lucratividade do negócio. Esses têm sido alguns dos desafios de Daniel Justo, santista de 45 anos que conversou com Marcus Vinicius Gasques ao volante de um Mach-E GT. De funcionários a clientes, muitos aceleraram o Mach-E na pista: "Não dá para vender performance sem entender bem", diz Daniel Justo Renato Durães Autoesporte - Presidente de montadora pode rodar com os carros quando quiser? Não é bem assim, e constatei isso mais uma vez de carona com Daniel Justo, presidente da Ford na América do Sul, ao volante do Mach-E GT, o Mustang elétrico mais apimentado. E em um cenário para lá de especial: o circuito Panamericano, campo de provas da Pirelli situado a 120 km da capital paulista. Rodando em baixa velocidade até o acesso à pista, o executivo de 45 anos fala com entusiasmo após dirigir um Territory por três dias. Pergunto por que, como gestor da empresa, isso é quase um privilégio. Daniel Justo - Quem avalia e testa é o time especializado, os engenheiros, então qualquer carro que vem roda muito para podermos entender as condições do mercado, das estradas, quais ajustes são necessários. Quando chega a mim, é igual a vocês, ao cliente, estamos testando o trabalho, vendo o que foi feito. Mas tem momentos que você passa vontade? Muito, é lógico. Testamos todos esses veículos meses atrás, para entender a posição no mercado, o tamanho, as versões. Trouxemos a configuração top do Mach-E porque é isso que buscamos no portfólio, que o cliente entenda que Ford hoje é sinônimo de performance, capacidade, tecnologia. Ford Mach-E GT vai de 0 a 100 km/h em 3,7 segundos Renato Durães Chegamos à entrada da pista. Os 3,4 mil metros do traçado estão sinalizados com cones para frear e tangenciar 11 curvas. O Mach-E acelera de zero a 100 km/h em 3,7 s. Orgulhoso do carro, o executivo baixa o pé. Claro que não há uma explosão do barulho do motor, mas os quase 88 kgfm de torque se fazem sentir. Como é bom dirigir esse carro! Esses amortecedores MagnaRide seguram o rolamento lateral de forma impressionante. Acho que conseguimos atender uma amplitude de clientes que querem performance e, ao mesmo tempo, precisam de um carro com mais espaço durante a semana. Daniel explora potência, torque e estabilidade do Mach-E nas retas, nas curvas e nos slalons. Demétrios Cardozo se segura com a câmera no banco traseiro, onde tem a companhia silenciosa da gerente de comunicação da Ford, Pamela Paiffer. Você já dirigiu aqui na pista? Legal, né? Muito bom! Combinamos vários eventos: mídia, depois os concessionários. Importante que sintam a emoção de dirigir. Depois, times de vendas e serviços das revendas. Eles vão levar os argumentos de venda daqui, não é? Exato. Não dá para vender performance sem entender bem. No lançamento da Nova Ranger, fizemos o maior treinamento de vendedores da história. Foi lá em Mendoza (Argentina)? Lá e no Brasil. Os times de venda entendem cada vez mais o que o produto entrega. Mach-E é um dos pilares da eletrificação da Ford nos Estados Unidos Renato Durães No trajeto entre o circuito e a rodovia, pergunto como o Mach-E está se saindo nos Estados Unidos, berço do Mustang tradicional. Vemos aceleração nas vendas e investimos para aumentar a capacidade da fábrica. Para nós, na Ford, não tem volta. Há parcerias de importadoras com empresas de táxi. Quem ainda não pode comprar um elétrico, já pode conhecer. Exato. O elétrico, do ponto de vista da saúde pública, é muito interessante. Não importa se o carro é movido a diesel, gasolina ou etanol, gera gases nos centros urbanos, onde o elétrico é uma solução muito boa. Vou virar a chave para a pessoa física porque em Mendoza você manifestou vontade de conhecer o Aconcágua (montanha de 6.962 metros de altitude a 114 km de Mendoza. É a mais alta do Hemisfério Sul). Foi? Fui, mas não cheguei. Peguei uma Ranger Raptor, acordei cedinho, fui até com minha b
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