F1: Diretor da Mercedes afirma que equipe passou por forte crise após fraco desempenho em 2022
O diretor técnico da Mercedes, James Allison, afirmou que a equipe entrou em um 'padrão destrutivo', depois de sofrer uma crise de confiança durante a queda surpreendente de desempenho na temporada 2022 da Fórmula 1. A equipe baseada em Brackley dominou a categoria desde o início da era turbo-híbrida em 2014, vencendo oito Campeonatos de Construtores consecutivos, algo sem precedentes. No entanto, a Mercedes caiu para terceiro na classificação, atrás da Red Bull e da Ferrari, após o retorno da F1 aos carros de efeito solo na temporada passada, conseguindo apenas uma vitória no ano, no GP de São Paulo com George Russell. Apesar de ter subido para o segundo lugar na classificação final em 2023, a Mercedes encerrou uma temporada de F1 sem vitórias pela primeira vez desde 2011, depois de trocar de conceito de carro no meio do ano. Falando sobre os problemas da equipe no último ciclo regulamentar, Allison, que retornou ao seu cargo atual em abril, revelou como a crise inesperada impactou a Mercedes. “Quando uma equipe está, como nós, em um patamar muito elevado por um grande número de anos, por um longo período de tempo, e depois cai, é muito desorientador”, disse ele no podcast 'Performance People'. “É muito desagradável sentir de repente que o que vocês sentiam anteriormente sobre si mesmos como grupo, os alicerces disso foram afrouxados pela realidade do cronômetro e por serem derrotados por outras equipes. Isso abala a confiança de uma organização e também coloca muitas pressões de curtíssimo prazo sobre uma empresa que está acostumada a pensar mais à frente.” Allison abordou como a urgência interna para superar os problemas da Mercedes no início de 2022, contribuiu para que o ambiente de trabalho em Brackley se tornasse fragmentado: "As pressões de curto prazo são que o carro é ruim e os resultados são ruins, e eles precisam melhorar”, disse ele. “E o chamado por isso é muito alto, completamente natural, mas mesmo assim muito alto, e estimula as pessoas à ação." “Mas a ação pode tender a ser que todas as disciplinas da empresa, a aerodinâmica, a dinâmica do veículo, o escritório de design, todas as especialidades necessárias para trabalhar juntas para criar um bom carro, que cada uma delas possa se espalhar nos quatro, cinco, seis ventos em suas curvas individuais para fazer o que podem, ou contribuir da maneira que acharem melhor, movidos por esse chamado muito alto de que o carro precisa melhorar", acrescentou. “Se você não tomar cuidado, esses grupos podem parar de conversar uns com os outros, porque estão todos de cabeça baixa tentando resolver o que consideram ser sua parte para tornar o mundo um lugar melhor. Provavelmente, o padrão mais destrutivo em que nós, como grupo, entramos durante aquele período difícil desde quando nossa coroa caiu pela primeira vez, foi que nos fragmentamos mais do que deveríamos ter feito.” "Nesse caso, se houve algum efeito positivo, foi tentar reunir tudo isso, tentar fazer com que os principais engenheiros que lideram as principais divisões da empresa conversassem mais uns com os outros, para tentar tirar de seus ombros um pouco da pressão imediata, e abafar o 'grito' que vem do carro e apenas se concentrar na coordenação do nosso trabalho”, concluiu Alisson.
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