Fórmula 1 de 1959 teve campeão inédito e revolução nos carros

Australiano Jack Brabham ficou com o título da temporada com a ajuda das novas tecnologias da inglesa Cooper Climax O ano de 1959 iniciou-se com lutos na Fórmula 1: além da morte de três importantes pilotos durante a temporada anterior, em janeiro daquele ano perdíamos Mike Hawthorn, vencedor de 1958, após um acidente de trânsito na região de Londres. Era a morte do campeão. Além disso, a categoria começava a se firmar com os carros de motor traseiro central (disposto atrás do piloto e na frente do eixo traseiro), em uma concepção usada até hoje. Initial plugin text Acontece que até 1957 o regulamento obrigava que os carros tivessem o motor colocado a frente do piloto, próximo ao eixo dianteiro, regra que foi liberada para facilitar a vida dos construtores e seus projetos. Assim, eles poderiam colocar o trem de força onde bem entendessem. O pioneirismo foi dos ingleses da Cooper-Climax, trazendo esse esquema construtivo da Fórmula 2. O novo conceito incluía chassi tubular, comportando o motor traseiro e o câmbio por último, com uma carenagem feita em alumínio e/ou fibra de vidro, em que o piloto sentava-se em uma posição baixa, quase deitado, com um centro de gravidade reduzido e maior capacidade de frenagem e de contornar curvas. Pela disposição mais inteligente (carros menores, mais aerodinâmicos e com peso reduzido), havia maior velocidade máxima e mais agilidade durante as provas. Carros da Fórmula 1 passaram a ter motor traseiro central a partir de 1959 Reprodução/Pinterest Era realmente uma evolução, quase revolução, que já esses carros haviam mostrado resultados promissores nos primeiros testes que ocorreram na temporada de 1958. Dado o sucesso desse novo esquema construtivo, para 1959 não faltaram pedidos de compra ou aluguéis dos chassis mecânicos da Cooper nessa nova configuração. Das 30 equipes participantes, cerca de 12 delas adotavam as tecnologias da inglesa Cooper Climax. O calendário estava mudado, já que a aposentadoria do pentacampeão Juan Manuel Fangio corroborou para o fim do GP da Argentina em 1959. Desta forma, nesta temporada, as corridas só começaram em 10 de maio com o GP de Mônaco, seguido das 500 Milhas de Indianápolis, GP da Holanda, França, Inglaterra, Alemanha, Portugal, Itália e, para fechar, um inédito GP dos Estados Unidos, realizado em 12 de dezembro. Esse, diferentemente da Indy 500, seguia exatamente o regulamento da Fórmula 1, embora poucos pilotos e equipes tenham corrido por lá. GP da Holanda foi a terceira etapa do campeonato da Fórmula 1 de 1959 Reprodução/Primotipo Falando em equipes e pilotos, é interessante ressaltar que alguns nomes importantes do automobilismo mundial começaram a dar as caras nessa temporada: Carol Shelby (corria pela David Brown de Aston Martin), Bruce McLaren (corria pela Cooper Car de Cooper-Climax) e Jack Brabham (também da Cooper Car). O brasileiro Fritz d’Orey representava nossa bandeira no GP de 1959, correndo em pelo menos duas diferentes equipes. O entra e sai era tanto que, naquele ano, não existia nenhum campeão ainda correndo, quer seja de pilotos ou equipes. O vitorioso piloto de 1959 foi justamente o australiano Jack Brabham, correndo com a equipe também campeã de construtores, a Cooper Climax. Clara demonstração de que esses carros de motor traseiro central usam da melhor configuração para a categoria. O carro era o T51, equipado com motor 2.5 naturalmente aspirado, de quatro cilindros em linha, que entregava algo na casa dos 250 cv de potência, junto da transmissão de cinco marchas. Graças a um regulamento que ainda permitia a participação de carros de Fórmula 2 correndo junto dos F1 (com o objetivo de ter um grid de largada maior), equipes como a Porsche, contratante da mulher pioneira como piloto da categoria, Maria Teresa de Filippis, participaram na época. O motor aqui era um compacto 1.5 naturalmente aspirado, de quatro cilindros contrapostos (Boxer) e dois comandos de válvulas por cabeçote, disposto na parte traseira-central, rendendo algo ao redor dos 140 cv. Não perca, na próxima semana, a história do campeonato de 1960! Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital. Mais Lidas

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