Fórmula 1 de 1958 teve primeira mulher na categoria, mas ano ficou marcado por tragédias

Quatro pilotos morreram ao longo da temporada, que também teve um novo regulamento 1958 foi um ano trágico e bastante importante para o Campeonato Mundial de Fórmula 1. Primeiro porque quatro diferentes pilotos perderam a vida durante a temporada, quase incluindo o campeão do ano, o inglês Mike Hawthorn, que sofreu um acidente de trânsito fatal em janeiro do ano seguinte. Só que 1958 também trouxe várias mudanças, melhorias e até alguns ineditismos na categoria. Initial plugin text A primeira delas foi a quebra de hegemonias de vitórias do argentino Fangio, que, após ganhar por cinco vezes, abandonou o campeonato após disputar duas provas em equipes particulares (GP da Argentina pela equipe Sul Americana e GP da França). Juan Manuel ficou bastante desgostoso e preocupado após ser raptado no GP de Cuba do ano anterior, por isso optou pela aposentadoria das competições. Além disso, foi o primeiro ano em que uma mulher pilotou na Fórmula 1. A italiana Maria Teresa de Filippis correu de Maserati por uma equipe particular. A participação nas provas foi tímida, mas histórica. Maria Teresa de Filippis foi a primeira mulher a competir na Fórmula 1 Divulgação Também foi o ano em que a FIA criou, em paralelo, a Copa de Pilotos, um campeonato que contava pontos também para os construtores, como acontece até hoje. Na estreia, quem levou a melhor foi a inglesa Vanwall, com o VW 5, que produzia carros tradicionais com mecânica própria, usando muito aço e alumínio no chassi. Movido por um motor dianteiro de quatro cilindros e 2,5 litros, o modelo era bastante confiável e rendia algo perto de 265 cv de potência. O câmbio era manual de cinco marchas. Não escondia segredos: chassi tubular em aço, carroceria em alumínio, suspensão independente na dianteira e eixo rígido na traseira, além de freios a disco nas quatro rodas. Ainda assim, foi usado só em 1957 e 1958. Vanwall VW5 durante a disputa do GP da Bélgica de 1958 da Fórmula 1 Reprodução/Goodwood.com A grande novidade da temporada foram algumas mudanças importantes no regulamento, realizadas pela FIA. A principal foi desobrigar o uso do motor na dianteira, deixando ao construtor a possibilidade de instalar o propulsor na traseira, entre os eixos, ou onde achasse melhor. Passava a ser obrigatório também o uso de gasolina comercial em todos os carros da competição, em vez do álcool metanol ou outras misturas especiais. Revolução Cooper, um construtor inglês que já vinha fazendo experiências na Fórmula 2 com uma concepção de carros mais compactos, baixos e de motor traseiro, se adiantou na Fórmula 1. Graças a esse novo regulamento, correu para apresentar os novos modelos T45, adequados as novas regras impostas pela FIA. Nesse carro, o piloto dirigia sentado na frente, com o motor às suas costas, mais perto do chão em um carro menor no tamanho, a exemplo dos Fórmula 1 atuais. Em 1958, regulamento da categoria foi modificado Reprodução/Goodwood.com Neles, o piloto vai sentado a frente, seguido do motor e, por último, o câmbio, com uma distribuição bastante homogênea de peso nos eixos dianteiro e traseiro, baixando o centro de gravidade e com um perfil aerodinâmico superior ao dos rivais. Graças a essa revolucionária mudança, a Fórmula 1 deu um grande passo evolutivo, e, em curto espaço de tempo, todos os demais construtores seguiriam essa configuração. Mas a pioneira foi mesmo a Cooper. Essa temporada de 1958 foi a mais longa desde 1950, com nada menos do que onze etapas, começando em 19 de janeiro e seguindo até 19 de outubro: na ordem, GP da Argentina, Mônaco, Holanda, 500 Milhas de Indianápolis (ainda com outro regulamento), Bélgica, França, Inglaterra, Alemanha, Portugal, Itália e Marrocos. Enquanto alguns voltavam ao calendário após um hiato, outros países recebiam suas primeiras provas oficiais na história. Fórmula 1 de 1958 Nesse período de nove meses, quatro pilotos morreram em acidentes: o italiano Luigi Musso no GP da França, o inglês Peter Collins no GP da Alemanha (ambos pilotos da Ferrari), outro inglês Stuart Lewis-Evans no GP de Marrocos (pela Vanwall), além do norte-americano Pat O’Connor nas 500 Milhas de Indianápolis. O inglês Mike Hawthorn, campeão da temporada, ainda perdeu a vida logo depois, em janeiro. Trágico. Mike Hawthorn foi campeão da Fórmula 1 em 1958 Getty Images Não perca, na próxima semana, a história do GP de 1959! Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital. Mais Lidas

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