O VW Polo GTS é um esportivo de verdade?
Quem tem mais de 30 anos provavelmente ainda se lembra das antigas versões esportivas do VW Gol, geralmente bem caprichadas em termos de acessórios e acabamentos e com um desempenho acima das demais. Pois é, foi naqueles carros que o Polo GTS 2023 desta avaliação me fez pensar. Uma associação para lá de óbvia, claro, pois se o Polo é o atual substituto do Gol na linha Volkswagen, o GTS faz exatamente o mesmo papel que os antigos GT, GTS e GTI representavam para o best-seller da marca no Brasil: o de ser o mais desejado “da galera”. Sim, porque custando cerca de R$ 150 mil, essa versão esportiva (como aquelas) dificilmente será uma das mais vendidas, mas pode cumprir uma missão importante para a marca: atrair mais compradores para as versões mais em conta, por um daqueles fenômenos consagrados que combinam marketing com psicologia. O visual do Polo GTS Começando por fora, a primeira coisa que me chamou a atenção quando fui buscar o carro na concessionária foram suas rodas. Com desenho interessante, aro de 18 polegadas e pneus de perfil baixo, elas dão uma proporção bacana e tiram um pouco o desenho do Polo de sua seriedade germânica. Isso porque, não fossem elas e o Vermelho Sunset da pintura, acho que esse Polo nem se destacaria no trânsito. Ele tem algumas partes em preto, detalhes aqui e ali, mas nada que o diferencie tão radicalmente assim de seus irmãos. Bom, isso de dia, pois à noite… Além dos ótimos faróis em full-LED, o Polo GTS tem na dianteira um friso iluminado, cortando sua grade de lado a lado, parecido com o que a VW colocou no SUV médio Taos. Falando assim pode parecer um efeito exagerado, mas, na prática, fica bem interessante e, afinal, destaca o modelo. Entrando no carro, encontramos os esperados detalhes em vermelho que se convencionou usar em todas as versões esportivas ou “esportivadas” dos carros de hoje. Eles estão presentes nos arremates e contornos dos bancos, em frisos no painel, volante e portas, no revestimento da alavanca de câmbio. E há uma soleira personalizada na moldura das portas dianteiras. Visualmente, os bancos, com seus ressaltos nas laterais e construção em só uma peça e logo GTS, passam uma impressão de esportividade. Mas são um pouco estreitos demais e, mais tarde, depois de guiar o carro por algumas centenas de quilômetros, eu sentiria falta de mais apoio lombar e mesmo lateral. Deu saudade dos famosos Recaro que equipavam os “Gts” do velho Gol. No mais, essa versão traz o que há de melhor na sua irmã 1.0 mais equipada, a Highline – como partida por botão e chave remota, painel de instrumentos digital configurável (fácil de usar e com boa visualização) com desenho que se integra ao restante do painel frontal e à multimídia e volante multifuncional igualmente bom de usar. Novamente, tudo tem mais um estilo limpo e focado na usabilidade (o que é ótimo) que em extravagâncias que remetam a carros de corrida. E, novamente também, por dentro, as diferenças entre essa versão e as outras não são lá tão, digamos, expressivas. Nos painéis internos das portas, por exemplo, o que dá o tom é o bom e velho plástico rígido e, em relação ao basicão Polo Track, a principal (e talvez única) diferença está em um pequeno pedaço – justamente o que tem contato com os braços dos ocupantes – forrado em discretíssimo tecido sintético. Conforto e espaço do VW Polo GTS O espaço interno – e isso vale para toda a linha do Polo – é compatível com seu segmento. Cheguei a viajar com quatro pessoas a bordo, incluindo boa quantidade de bagagens, sem maiores apertos. E, com uma saída de ar-condicionado para o banco de trás e bom isolamento acústico, ouvi até elogios. Em termos de conforto, aliás, para uma versão esportiva, esse GTS é até bem macio, somando-se aí o trabalho da suspensão com o enchimento dos bancos. Mesmo com as tais rodas grandes e pneus de lateral estreita, salvo buracos e calombos maiores, as imperfeições do caminho passam sem incomodar. As portas, tanto dianteiras quanto traseiras, têm ângulos de abertura suficientes para que entre e saia do carro sem maiores contorcionismos. Mas, para abrir a tampa do porta-malas, por fora do carro, você precisa usar o botão na chave remota, pois não há acionamento na própria porta do bagageiro. Mas vamos ao que realmente interessa no Polo GTS Diferentemente do que costumam fazer outras marcas – que limitam as alterações de suas versões esportivas a ingredientes estéticos (e nada contra, desde que isso fique claro para o consumidor, inclusive no marketing) – A VW, como comentamos, costuma colocar um pouco de pimenta nos carros desse tipo que produz. E, nesse Polo GTS, isso fica claro assim que você entra no carro, liga a ignição e acelera um pouco mais forte. É que sob o capô ele traz um motor 1.4 turbo flex, que gera até 150 cv de potência e um pouquinho mais de 25 kgfm de torque. E são esses números aí que garantem uma boa dose de diversão para quem gosta de dirigir. Vá lá que, a despeito d
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