Mercedes apresenta seus elétricos em evento no México
No fim deste mês desembarcam do Brasil, vindos da fábrica no Alabama, Estados Unidos, os SUVs e sedans elétricos Mercedes-Benz apresentados à imprensa brasileira no México, no fim de agosto. Junto com os carros chegam seus preços. A Mercedes sabe que a curiosidade em torno dos cifrões aflige mais jornalistas e leitores do que exatamente os potenciais compradores. Afinal de contas, como disse Carlos Garcia, Presidente & CEO da Mercedes-Benz Cars & Vans Brasil na apresentação da linha de elétricos, o luxo é um dos pilares da marca, que trabalha junto a um cliente muito específico o conceito de que, acima de um carro elétrico, ele está comprando um Mercedes-Benz. E aí nessa faixa, com modelos que podem passar do milhão de reais, 50 mil para cá, 70 mil para lá, contam menos que a identificação que o cliente tem ou quer ter com a marca e o que a estrela de três pontas representa em termos de história, tecnologia, confiabilidade, e, é claro, status. O esforço de trazer a maior linha de carros elétricos a venda no Brasil – os SUVs EQA 250, EQB 250, EQC 400, EQE 300 Edition One e EQS 450+, e os sedans EQE 300 AMG Line e EQS 53 AMG -, mesmo sabendo que devido à infraestrutura e à economia do país eles ainda representam menos de 10% das vendas, faz parte da estratégia global da marca. A Mercedes-Benz vende seus elétricos em apenas 13 cidades brasileiras, e os problemas de infraestrutura não dizem respeito apenas à falta de pontos de carregamento rápido, mas também à própria segurança. Hoje, por exemplo, apenas os bombeiros do Estado de São Paulo, via parceira com a montadora alemã, recebem treinamento para acidentes com carros elétricos. Mas a Mercedes quer estar pronta para o boom de infraestrutura que acredita ser inevitável nos próximos anos. A grande novidade entre os carros apresentados no México foi o SUV EQS. icarros andou num modelo EQS 580, que não vem para o Brasil, em uma pista bastante contingenciada, com mais acelerações em retas curtas e freadas relativamente fortes, com objetivo de testar, sentir e constatar como funciona o sistema de recuperação de energia. Funciona muito bem, obrigado, assim como o próprio sistema de freios, já que o modelo de mais de 2.800 kg faz de 0 a 100 km/h em menos de 5 segundos. Essa foi uma questão que intrigou o piloto de testes, já que não é difícil parar o carro, mas exige uma certa força ao apertar o pedal do freio. Também andamos nos SUVs menores, que exigem muito menos pressão na freada. No mais, como se poderia esperar de uma Mercedes, o EQS 450+ é extremamente bem-acabado e confortável. Tem 5,125 metros de comprimento, 1,959 metro de largura, 1,718 metro de altura e 3,21 de entre-eixos. O motor que vai na traseira, onde também está a tração, é de 265 kW (360 cv) e o torque de 568 Nm (57,92 kgfm). O conjunto de baterias separado em 12 módulos tem 108,4 kWh. A autonomia, medida pelos padrões do Inmetro, é de 411 km com uma carga completa. O desenho é bonito e moderno, mas o destaque está no interior, no sistema multimídia que vai de ponta a ponta do painel dianteiro e reúne três telas: a da esquerda com o painel de instrumentos, de 12,3", a gigantesca tela central de 17,7", e a de 12,3" da direita, destinada apenas ao passageiro, que tem vida própria não só na regulagem de temperatura e outros detalhes, mas vivendo seu mundo de áudio e vídeo independente do condutor. Bom, a garantia do sistema elétrico é de 10 anos ou 250 mil quilômetros. Mas quem paga um milhão de reais – sim, voltando ao início, esse é o preço estimado – em um carro, no Brasil, dificilmente atinge uma ou outra dessas marcas.
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