Missões de caça marcam 9ª Edição da CRUZEX
Alarme aéreo avançado, ataque ao solo, reabastecimento em voo, patrulha aérea de combate, escolta, varredura, lançamento de cargas e pessoal, dentre outras. Essas são algumas ações de Força Aérea realizadas no Exercício Cruzeiro do Sul (CRUZEX) 2024, que acontece na Base Aérea de Natal (BANT), até o dia 15 de novembro. A CRUZEX 2024 é o maior exercício multinacional da América Latina e traz inúmeras novidades. No âmbito da Força Aérea Brasileira (FAB), participam do exercício, dentre outras aeronaves, os caças F-39 Gripen, ao lado do A-1, A-29 e F-5. A Marinha do Brasil trouxe o A-4 e outros países também trouxeram meios aéreos, como os caças F-15, dos Estados Unidos; F-16, do Chile; AT-27, do Paraguai; IA-63, da Argentina e KT-1P do Peru. F-39 Gripen Entre as atividades realizadas pelo F-39 Gripen, estão as Operações de Contraposição Aérea, coordenadas pelo Líder de Pacote de Defesa Aérea, ou Air Defense Package Leader. Além disso, o caça da FAB conta com sistemas embarcados de autodefesa, incluindo RWR (Radar Warning Receiver), IRST (Infrared Search and Track) e MAWS (Missile Approach Warning System), fundamentais para detectar e se contrapor a ameaças. A atuação em cenários do exercício exige ainda que a aeronave esteja preparada para uma reação rápida, as "Threat Reaction" e, para isso, o F-39 testa a sua capacidade de resposta nessas situações. Assim, o caça é avaliado em missões táticas avançadas, desempenhando tanto funções ofensivas (OCA, Offensive Counter Air) quanto defensivas (DCA, Deffensive Counter Air). De acordo com o Comandante do Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1° GDA), Tenente-Coronel Aviador Ramon Lincoln Santos Forneas, na Cruzex, os pilotos em treinamento atuam tanto como força inimiga quanto amiga, sendo esta última a que mais será desempenhada. "Nesse contexto, realizaremos operações ofensivas (Offensive Counterair, OCA), nas quais o F-39 Gripen protegerá as forças amigas enquanto conduzem ações dentro do território inimigo; operações defensivas (Deffensive Counterair, DCA) que visa fazer a defesa de ataques inimigos”, explica o Tenente-Coronel Aviador Fórneas. Outro aspecto importante medido durante o CRUZEX 2024 é a taxa de sobrevivência do F-39 Gripen em combate. Para isso, são utilizados recursos do PMA II, (Planejamento de Missões Aéreas II), sistema que permite simular o impacto das ameaças presentes no cenário, fornecendo uma análise detalhada do desempenho de cada vetor. "A CRUZEX 2024 promete ser um teste abrangente para o F-39 Gripen, consolidando seu papel estratégico para a defesa nacional e permitindo uma visão mais clara de sua capacidade de adaptação e resistência frente aos desafios de um ambiente de combate moderno", explica o Comandante do GDA. Aeronaves de caça O caça F-5 está encarregado de missões de defesa aérea e se destaca pela capacidade de gerenciar formações táticas, atuando também como Air Defense Package Leader. Sua função é proteger o espaço aéreo, coordenando ações de defesa e escolta contra ameaças, garantindo a segurança de aeronaves e ativos estratégicos. O F-5 é avaliado também nas ações de reabastecimento em voo, fundamental para que se tenha maior autonomia em missões prolongadas. Projetado para missões de ataque e reconhecimento, o caça A-1 desempenha um papel importante na liderança tática como Mission Commander em cenários de missões aéreas compostas. Esse caça coordena formações e conduz ataques em operações integradas, ao mesmo tempo em que realiza ações de reconhecimento aeroespacial, tendo papel estratégico nesse contexto. Já o A-29 Super Tucano realiza ataques integrados, possibilitando uma atuação versátil, engajando alvos terrestres com armamento convencional. Preparado para responder a ameaças tanto aéreas quanto terrestres, o A-29 dispõe de sistemas de autodefesa que ampliam sua eficácia em operações de ameaça mista. Novidade internacional Nesta edição do CRUZEX 2024, os Estados Unidos trouxe para o Brasil, pela primeira vez, o F-15 Eagle. Um dos pilotos, Major Michael Scott, destacou a importância do exercício, ressaltando o aprendizado mútuo que as forças aéreas internacionais adquirem ao operar em conjunto. O Oficial americano comentou que os F-15 vieram da 159° Ala de Caça da Guarda Aérea Nacional de Louisiana, sediada na Base Aérea Naval Conjunta de Nova Orleans, e que a vinda para um exercício no Brasil traz novos desafios e oportunidades de treinamento para os pilotos e militares. “O desempenho do F-15 em missões de combate é uma das principais especialidades desta aeronave. Estamos aqui para aprimorar nossa capacidade de cooperação e fortalecer os laços com nossos aliados”, afirmou ele, sublinhando a relevância de simular cenários realistas de combate aéreo para reforçar a prontidão de todos os participantes. Fotos: Suboficial Jonhson, Sargento Müller Marin, Sargento Mônica e Sargento Vanessa Sonaly/ CECOMSAER
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