BYD aposta no Brasil para acelerar transição energética na indústria automotiva

Com investimentos de mais de R$ 5,5 bilhões, estratégia tem como base o desenvolvimento de ecossistema local e popularização de novas tecnologias entre consumidores nacionais Em resposta aos desafios apresentados pela crise climática, a indústria automotiva vem buscando novas maneiras de se aproximar dos movimentos globais de transição energética. Os diferentes caminhos para descarbonizar o setor foram o tema da entrevista realizada com Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da BYD no Brasil. O executivo compartilhou as estratégias da companhia para impulsionar a popularização de veículos elétricos no país. Maior produtora global do segmento, a empresa também vem se consolidando como uma das principais protagonistas do mercado brasileiro. Apenas nos primeiros dez meses do ano, foram quase 60 mil unidades vendidas — os modelos de destaque incluem o BYD Dolphin Mini e o Song Plus DM-i, atualmente o híbrido plug-in mais popular entre os consumidores nacionais. Entre os vetores de crescimento da BYD no país, Baldy destacou a base tecnológica e o compromisso com a formação de uma estrutura produtiva local. Resultado de um planejamento que prevê mais de R$ 5,5 bilhões de investimentos, a estratégia tem como ponto central a construção de uma fábrica em Camaçari, na Bahia. “A BYD elegeu o Brasil como o seu principal mercado estratégico de investimentos fora da China. Acreditamos muito no país e no seu poder de contribuição para o movimento de transição energética”, afirmou. Iniciado em março deste ano, o projeto deverá resultar na capacidade de fabricação de 150 mil veículos em uma primeira etapa e podendo chegar em até 300 mil em um segundo momento, além da geração de 10 mil empregos diretos e indiretos. Além disso, a prioridade para a contratação de profissionais da região faz parte de um posicionamento que visa a criação de uma operação alinhada às demandas e às características culturais do mercado brasileiro. “Temos um núcleo de tecnologia global que nos dá capacidade de desenvolver produtos como nenhuma outra companhia do setor. A partir dessa estrutura, queremos consolidar uma marca completamente integrada ao contexto brasileiro”, diz Baldy. Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da BYD no Brasil: “A BYD elegeu o Brasil como o seu principal mercado estratégico de investimentos fora da China. Acreditamos muito no país e no seu poder de contribuição para o movimento de transição energética”. Leo Orestes/Glab A conexão entre o roadmap de inovação da BYD e o desenvolvimento do ecossistema nacional de veículos elétricos também pode ser constatada na criação de um centro especializado de pesquisa em Salvador (BA). Entre seus principais objetivos, a iniciativa tem como foco o desenvolvimento de tecnologia de um motor híbrido flex, baseado no uso do etanol conjugado com a propulsão elétrica. No longo prazo, a expectativa é que a presença no mercado brasileiro se torne cada vez mais decisiva para a meta da BYD em reduzir a temperatura do planeta em 1ºC nos próximos anos. "O Brasil tem uma abertura impressionante a novas tecnologias. Temos uma capacidade enorme de geração de energia limpa para aproveitar esse potencial”, afirma. “Existem vários players atuando com diversas estratégias para fortalecer esse cenário. No final das contas, quem ganha mais com a competição pela transição energética é o meio-ambiente e a sociedade”, conclui o executivo. Números que mostram a força da BYD na indústria internacional de veículos elétricos: - 9 milhões de veículos produzidos. - 68 milhões de toneladas de emissões de carbono evitadas pelo uso de veículos elétricos da marca. - Presença em 94 países, em todos os continentes. - 102 mil PhDs atuando em centros de pesquisa e desenvolvimento. - Mais de 900 mil empregos gerados globalmente.

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