Renault Logan tem fim de linha confirmado no Brasil; relembre história
Sedã compacto estreou no mercado brasileiro há 17 anos e era produzido na fábrica de São José dos Pinhais (PR) Após 17 anos no Brasil, o Renault Logan está oficialmente fora de linha. O fim da produção nacional do sedã compacto foi confirmado pela fabricante em resposta à Autoesporte. "As últimas unidades produzidas seguem sendo comercializadas na rede de concessionárias", comentou a marca. A saída do Logan do mercado brasileiro não é exatamente uma surpresa, já que seu fim era especulado há mais de um ano. Ainda no mês de outubro, concessionários mencionaram que o sedã já não estava mais disponível nas lojas, seja para vendas diretas ou para pessoas físicas, como adiantado por Autoesporte. O modelo, que era feito na fábrica de São José dos Pinhais (PR), no entanto, ainda está disponível no configurador da marca em duas versões: Life e Zen. Os preços são de R$ 97.500 e R$ 101 mil, respectivamente. Porém, no site de ofertas, por exemplo, não há uma unidade sequer do sedã em promoção. Portanto, aos fãs do Logan, tudo indica que restam pouquíssimas unidades. Em 2017, Renault Logan era vendido com opção de motor 1.6 de até 118 cv Divulgação Trajetória do Renault Logan no Brasil Fruto de um projeto da Dacia, o Renault Logan nasceu em 2004, mas estreou no Brasil apenas três anos depois, em 2007. Aliás, foi o primeiro carro nacional da Dacia que a marca francesa decidiu lançar por aqui, seguido por Sandero e Duster - único sobrevivente dessa era. Dacia Bigster, o irmão maior do Duster, é revelado; vem ao Brasil? Quando estreou por aqui, o Logan tinha a proposta de ocupar uma posição de carro de entrada, premissa que acompanhou o modelo durante as duas gerações no Brasil. O auge do sedã aconteceu em meados de 2014, quando estreou em sua segunda geração, como ano 2015. O sucesso se deu por conta do volume interessante no porta-malas, de 510 litros, e o amplo espaço interno. + Quer receber as principais notícias do setor automotivo pelo seu WhatsApp? Clique aqui e participe do Canal da Autoesporte. Nessa época, o sedã da marca francesa chegou a emplacar mais de 46 mil unidades. Número alto, ainda mais se considerarmos os últimos registros. Em setembro deste ano, por exemplo, o Logan vendeu quase 2 mil unidades. Não é um resultado ruim, porém, dos 1.978 exemplares que deixaram as lojas no mês, 1.961 foram destinados a empresas. Primeira geração do Renault Logan tinha linhas mais simples e arredondadas Divulgação Nos demais meses de 2024, os emplacamentos foram bem mais modestos. Em agosto, dos 373 exemplares vendidos no total, só quatro foram para pessoas físicas. Na parcial de outubro, ainda segundo a Fenabrave, só 28 Logan saíram das concessionárias da marca. Renault Duster: os problemas e defeitos mais comuns do SUV Indo mais afundo, em 2023, por exemplo, foram apenas 4.559 emplacamentos. A média fica ainda menor quando olhamos para os rivais, como Chevrolet Onix Plus (74.887), Fiat Cronos (50.755) e Volkswagen Virtus (27.094). Seja como for, o modelo da Renault recebeu sua última atualização em 2019. Em seus últimos anos no Brasil, o Logan era equipado com o motor 1.0 12V aspirado que rende 82 cv de potência e 10,5 kgfm de torque e câmbio manual de cinco marchas. Entretanto, até 2022, também oferecia opções com motor 1.6 de quatro cilindros e 16 válvulas. Este rendia 118 cv de potência máxima e 16 kgfm de torque. Initial plugin text Fim da Dacia? O fim do Logan também marca mais um capítulo da mudança de perfil da Renault no Brasil, deixando de lado produtos de origem Dacia, a subsidiária romena de baixo custo do grupo francês. Em 2019, noticiamos que o Duster, Sandero e Logan poderiam ser os últimos carros da Dacia vendidos por aqui. Na época, a Renault procurava apostar em veículos com um visual próprio. Novo Renault 4 elétrico pode ser vendido na América do Sul Vale dizer que o Sandero saiu de linha em 2022. O Duster ainda persiste no mercado, mas é o SUV compacto com o projeto mais antigo disponível no Brasil. Lançado em 2011, teve grande destaque nas lojas, mas a chegada da concorrência a partir da segunda metade da década fez as vendas estagnarem e, posteriormente, caírem. Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital. Mais Lidas
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