Neta Auto inicia operações no Brasil em meio a atrasos de marcas chinesas
A chinesa Neta Auto vai iniciar a pré-venda dos modelos elétricos AYA e X no Brasil neste sábado (1º). A primeira fase das operações prevê a oferta dos veículos em lojas instaladas em shoppings. O faturamento dos produtos vai ocorrer em dezembro. A empresa já fechou contratos de distribuição com redes concessionárias, mas as revendas autorizadas ainda não estão em funcionamento. Em nota, a marca afirma que está complementando o centro de distribuição de peças, localizado em São Bernardo do Campo (ABC). O plano é montar um estoque com 75 mil componentes. Modelos da montadora chinesa Neta Auto que serão comercializados no Brasil - Divulgação O projeto inicial previa que as vendas teriam início em setembro. O novo comunicado da Neta Auto menciona que "trâmites legais e burocráticos necessários" estão sendo finalizados. É um atraso pequeno diante das mudanças de calendário que se tornaram comuns às montadoras chinesas no Brasil. Apesar de as importações seguirem aceleradas, as empresas têm encontrado dificuldades para dar início à produção nacional. Na última semana, Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da BYD no Brasil, disse à agência Reuters que problemas com um pedido para regime de exceção tarifária estavam travando a liberação de máquinas no Porto de Salvador. Dessa forma, o início da fabricação em Camaçari (BA) pode ter um atraso de, ao menos, 60 dias. O plano inicial era começar a montagem no segundo semestre deste ano, prazo que já havia sido revisto para o primeiro trimestre de 2025. Agora, é provável que uma nova data seja definida para o segundo trimestre do próximo ano. Já a GWM definiu uma nova data para início da produção em Iracemápolis (interior de São Paulo). Os primeiros carros devem ser montados em maio de 2025 –o atraso é de um ano em relação à previsão original. A Omoda/Jaecoo também tinha planos para iniciar a comercialização de veículos no Brasil ainda em 2024, mas agora prevê que as vendas terão início no primeiro trimestre de 2025. A empresa, assim como a Neta Auto, planeja ter linhas de montagem nacional no futuro. Além das questões burocráticas, as empresas estão atentas aos movimentos do mercado. A antecipação das importações para driblar a alta escalonada do Imposto de Importação para veículos híbridos e elétricos levou a uma alta repentina dos estoques. Com um grande volume de carros nas lojas, marcas como a BYD não teriam motivos para acelerar o início da produção nacional. Além disso, as empresas esperam a definição das novas alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados, o IPI Verde. LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo. Tópicos relacionados Leia tudo sobre o tema e siga: sua assinatura pode valer ainda mais Você já conhece as vantagens de ser assinante da Folha? Além de ter acesso a reportagens e colunas, você conta com newsletters exclusivas (conheça aqui). Também pode baixar nosso aplicativo gratuito na Apple Store ou na Google Play para receber alertas das principais notícias do dia. A sua assinatura nos ajuda a fazer um jornalismo independente e de qualidade. Obrigado! sua assinatura vale muito Mais de 180 reportagens e análises publicadas a cada dia. Um time com mais de 200 colunistas e blogueiros. Um jornalismo profissional que fiscaliza o poder público, veicula notícias proveitosas e inspiradoras, faz contraponto à intolerância das redes sociais e traça uma linha clara entre verdade e mentira. Quanto custa ajudar a produzir
Essa é mais uma manchete indexada e trazida até você pelo site AUTOMUNDO.