Teste: Ram Rampage tem mudança de potência e consumo a 4.000 m de altitude?

A bordo de uma RAM Rampage, encaramos essa estrada sinuosa para subir a 4.170 metros de altitude e conhecer um dos maiores desertos de sal do mundo São 5 horas da manhã, a temperatura é de 8°C e não há sinal de que o sol vai aparecer pelas próximas horas. Estamos no centro de Salta, uma das cidades mais populosas da Argentina, com cerca de 600 mil habitantes, prontos para iniciar a expedição que comemora um ano de vendas da Ram Rampage no Brasil. Nosso comboio é formado por dez unidades da picape intermediária, além de outros veículos de apoio. Em três dias, a ideia é percorrer 1.000 km e atravessar vales e vilarejos históricos, subindo a mais de 4 mil metros de altitude e passando pelo segundo maior deserto de sal do continente, até chegar à região vinícola mais alta do mundo. Dentre as versões disponíveis, escolho a Laramie turbodiesel. Avaliada em R$ 274.990, é a opção favorita dos brasileiros, mas uma desconhecida para os argentinos. Naquele mercado, a Ram só vende a picape intermediária com o motor 2.0 Hurricane turbo a gasolina. Mais tarde, percebo que posso ter feito uma escolha equivocada, mas isso não é assunto para agora. Sob as luzes amarelas dos postes, vamos deixando a região central de Salta em direção ao norte pela Ruta 9, uma das rodovias mais importantes do país, que liga a capital, Buenos Aires, à fronteira com a Bolívia. Nosso destino está a 250 km: o salar Salinas Grandes, um dos maiores do mundo, com 525 km². Já perto das 8 horas da manhã, surgem os primeiros raios de sol. Vamos ganhando quilometragem pelas bem conservadas estradas argentinas quase na mesma velocidade em que o marcador de altitude do celular se aproxima dos 2 mil metros. Nova Ram 1500 vem ao Brasil mais potente e em duas versões; veja preços Para nossa sorte, a luz do dia ilumina o belíssimo Cerro de los Siete Colores (ou Montanha das Sete Cores). O nome é autoexplicativo e faz alusão às diferentes tonalidades formadas pelos minérios distintos que compõem a cadeia rochosa que se projeta sobre a minúscula e charmosa Purmamarca, cidade com mais de 400 anos considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Nesse ponto, deixamos a Ruta 9 e começamos a subir a Ruta 52 até o Mirante de Lipán. Destino da expedição era o salar Salinas Grandes, com 525 km² Divulgação Apesar de a distância ser relativamente curta, chegamos ao ponto mais desafiador de toda a expedição. O trecho de 35 km começa a 2.300 metros de altitude, em Purmamarca, passa por uma centena de curvas sinuosas e alcança 4.170 metros em relação ao nível do mar no ponto mais alto da montanha. Bem antes da chegada já é possível sentir os efeitos da altitude elevada. Depois dessa experiência, prometi nunca mais criticar jogadores de futebol que sentem cansaço quando vão jogar em La Paz ou Quito. Dificuldade de respiração, raciocínio lento e tontura ao fazer movimentos bruscos são apenas os sinais mais leves que o corpo pode acusar. À esquerda: pequena alpaca feita com o sal extraído de Salinas Grandes Divulgação Felizmente, no meu caso, eles não vieram acompanhados de enjoos ou dor de cabeça. Mas, honestamente, é fácil esquecer qualquer sintoma quando se chega ao ponto alto (literalmente) da jornada. De cima, é possível ver as inúmeras curvas da estrada e os veículos tentando vencer a perda de potência no caminho. Falando nela, nossa Rampage não ficou imune à altitude. É preciso calcular bem antes de ultrapassar os muitos caminhões que seguem em direção ao Chile carregados de mercadorias. Para veículos aspirados, a cada 100 metros de subida perde-se 1% da potência. Mesmo que o motor turbodiesel tenha indução de ar forçada, reduzindo os prejuízos na cavalaria, certamente parte dos 170 cv ficam pelo caminho. + Quer receber as principais notícias do setor automotivo pelo seu WhatsApp? Clique aqui e participe do Canal da Autoesporte. Após uma parada para tirar fotos e (tentar) respirar, começamos a descer a montanha no lado oposto, em direção ao salar. Mais 50 km e chegamos ao Pristine Luxury, hotel de luxo com chalés instalados dentro do deserto de sal. As diárias custam cerca de R$ 6 mil. Parada para o almoço e uma oportunidade de conversar com moradores locais. Expedição comemorou 1 ano de vendas da Ram Rampage no Brasil Divulgação A exploração dos salares está no centro de um debate relevante. Metros abaixo da camada de sal ficam gigantescos bancos de lítio, metal essencial para a produção de baterias não só de carros elétricos mas também de eletrônicos. Estima-se que até 20% da reserva mundial de lítio esteja na Argentina. As empresas que ganharam o direito de explorar esses locais, porém, também têm acesso à água doce, vital não apenas para a vida humana como para a produção de sal. Questões fundiárias à parte, é hora de nos despedirmos do visual paradisíaco dominado por um horizonte branco infinito e seguir viagem. Mais algumas horas de condução, retornamos a Salta para descansar e nos preparar para o dia seguinte. Sob a superfície, grandes reservas de

Teste: Ram Rampage tem mudança de potência e consumo a 4.000 m de altitude?
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