Dobradinha da Ferrari com uma mãozinha de Verstappen

A sprint deixou claro que um carro estava se dando bem melhor com os pneus médios do que os outros: a Ferrari tinha sido a mais rápida no SQ1 e no SQ2 com o composto amarelo e tinha conseguido atacar até o final na sprint, chamando a atenção inclusive de Max Verstappen, feliz da vida por ter recebido a bandeira quadriculada na frente pela primeira vez desde junho, mas ciente de que a pista livre que teve desde o começo da sprint tinha sido muito importante para isso. Mas Carlos Sainz, terceiro no grid, e Charles Leclerc, quarto, tinham um obstáculo: teriam que recuperar a posição de pista perdida na classificação (por um lado, porque a Ferrari não se entendeu tão bem com o composto macio, e por outro pela pole que Sainz parecia ser forte candidato a até a batida de Russell no final do classificatório). DE ONDE VEIO O RITMO DA FERRARI EM AUSTIN Na frente dos dois estavam Lando Norris em uma pole conquistada com uma volta no limite e uma dose de sorte, em um fim de semana no qual a McLaren não esteve tão plantada nas curvas de alta, talvez pelas ondulações de Austin, e na qual ficou devendo (como de costume) para a Ferrari no setor de baixa. E Verstappen, com um carro bem mais responsivo do que nas últimas etapas, resultado das atualizações que a Red Bull levou a Austin depois de entender o que vinha dando errado na comunicação entre a dianteira e a traseira do carro. De 4º a primeiro usando a experiência com Max Com a posição do pole na direita e a primeira curva para a esquerda, o primeiro colocado sempre se vê tomando uma linha mais defensiva. E, com Verstappen ao seu lado, você pode imaginar que será colocado para fora da pista dentro desse cenário, usando a leniência dos comissários para o início das provas. Leclerc sabia que isso ia acontecer, se colocou por dentro, e pulou de quarto para primeiro. Sainz só não conseguiu segui-lo porque Verstappen voltou para a pista logo à frente dele, mas pelo menos deixou Norris para trás, lamentando-se por não ter se colocado como gostaria na primeira curva. Ele também devia imaginar o que Verstappen faria. Sainz sabia que sua única chance de vencer seria livrando-se de Verstappen o mais rápido possível. Seu ritmo era bem melhor, mas ficaria escondido pela turbulência do carro da Red Bull, e seus pneus se desgastariam mais. Ele até tentou passar Verstappen ainda na primeira volta, mas completou a manobra por fora da pista e tirou o pé porque sabia que não valeria.  Seria a única chance de Sainz até a Ferrari achar um espaço no pelotão na volta 21, chamá-lo para o box antes de Verstappen, e conseguir o undercut. Red Bull desiste de segundo lugar e foca em Norris A Red Bull, na verdade, nem defendeu a jogada da Ferrari, pois sabia que o ritmo era inferior e a posição já estava perdida de qualquer maneira. A corrida de Verstappen era com Norris, que estava a 5s do holandês e tinha começado a virar bem mais rápido. Verstappen tinha dificuldades com o carro, que não se comportava da mesma maneira que no sábado, saindo muito de frente. Com isso, seus pneus estavam se desgastando mais do que os da McLaren, e Norris estava fazendo novamente seu grande trunfo nesta temporada: controlou a fase de graining dos pneus e estava conseguindo não só estender seu stint, como também se aproximar da luta pelo pódio. Atrás dele, Oscar Piastri vinha fazendo algo parecido. Todos de olho no grupo com pneus duros O histórico e características da pista e a temperatura do asfalto de quase 50ºC faziam com que a estratégia de duas paradas fosse a mais óbvia antes do começo da corrida. Mas um SC curto, de três voltas, gerado pela rodada de um Lewis Hamilton que sofreu com o acerto do carro da Mercedes, e o rendimento surpreendente do pneu duro mudaram a cara da estratégia no GP. Pilotos que estavam largando nas últimas posições, Russell (que saíra do pitlane) e Lawson (punido pela troca de motor) faziam a primeira parte da corrida com o composto duro e estavam abrindo caminho no pelotão. Antes mesmo das primeiras paradas, Lawson já era 11º e Russell era 13º. E eles continuariam na pista até as voltas 36 e 40, respectivamente. Com 56 voltas no GP, estava claro que era possível fazer uma parada. Esses dois pilotos, inclusive, conseguiriam pontuar mesmo saindo lá de trás. Russell escalar, com a Mercedes, até a sexta colocação, até que não é tão impressionante assim. Mas Lawson, em sua primeira corrida em um ano, ir de 19º a nono com um carro que não pontuava fazia quatro corridas, são os quinhentos. Também na mesma estratégia, Franco Colapinto saiu de 16º na segunda volta para a décimo, pontuando pela segunda vez em quatro corridas na F1. McLaren usa pilotagem de Norris a favor da estratégia Chegando na metade da corrida, os dois carros com melhor ritmo estavam, na prática, nas duas primeiras colocações, e faltava definir o último lugar no pódio. A chance da McLaren era usar o trabalho que Norris tinha feito com os pneus, deixá-lo na pista o máximo possível, e criar uma diferença de número de volt

Dobradinha da Ferrari com uma mãozinha de Verstappen
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