F1: Brown revela que McLaren chegou perto da falência

Zak Brown relata que a equipe passou por uma recuperação impressionante dentro e fora das pistas, revelando o quão perto o time esteve de falir. Segundo o CEO, a equipe enfrentou sua maior crise há quatro anos, mas com uma série de medidas, conseguiu se reerguer.  Agora, a McLaren está financeiramente estável e perto de vencer seu primeiro título mundial desde 1998. Brown, que assumiu como CEO dois anos antes da crise, descreveu o cenário desafiador da equipe. “Eu entrei sem entender o quão ruim era, porque cresci ao redor da McLaren, e era como a grandiosa McLaren”, disse Brown em uma entrevista ao The New York Times. “Não pode ser tão ruim assim”. “Mas descobri, sem uma ordem específica, uma equipe que teve seu pior ano na história da McLaren; um carro de corrida sem patrocínios; pilotos que não queriam correr por nós; e uma força de trabalho muito insatisfeita, que carecia de liderança, então era cada um por si. Havia muita culpa, muitas teorias da conspiração e falta de confiança. Fora isso, o lugar era ótimo!” “Tornou-se muito evidente que não tínhamos direção, tínhamos perdido o rumo, e daí vieram os resultados, o caos, a negatividade. Levou algum tempo para corrigir o curso, fazer algumas mudanças, colocar uma nova equipe de liderança, um passo de cada vez.” Brown afirmou que a McLaren estava “indo na direção certa” até que “veio a Covid.” Em 2020, o lucro diminuiu, e a McLaren teve que fazer um grande corte na equipe. “Quando comecei, estávamos perdendo mais de 100 milhões de libras por ano”, disse Brown. “Eu estava protegendo a equipe, dizendo: 'Está tudo bem', mas nem tudo estava bem. Estávamos em grandes problemas financeiros”. “Bem quando estávamos virando a esquina nas pistas e financeiramente, fomos atingidos. Os patrocínios pararam, o dinheiro dos prêmios foi significativamente reduzido. Quase nos tirou do negócio. Estávamos a um ou dois meses. Estávamos tão perto.” A McLaren conseguiu se recuperar vendendo 15% das ações da equipe para o MSP Sports Capital, um grupo de investimentos esportivos de Nova York, por 185 milhões de libras. Além disso, o McLaren Group também vendeu sua sede, o Technology Centre, que fica em Woking, por 170 milhões de libras. “Sempre tive uma crença interna de que conseguiríamos o dinheiro e/ou os acionistas acabariam contribuindo”, disse Brown. “Eu estava extremamente estressado, mas sempre senti que no final das contas resolveríamos, e conseguimos”. Este ano a receita esperada é de “mais de 500 milhões de libras”.