Encerramento de programa de motores pode significar retirada da F1 para a Alpine

A Renault, fabricante de motores vitoriosa na Fórmula 1, decidiu encerrar o seu programa de unidades de potência a partir de 2026. Enquanto isso, outras fabricantes estão seguindo o caminho contrário e estão investindo na F1, como a Audi, que será uma equipe oficial em 2026, a Honda, que irá para a Aston Martin, e a Ford, que será parceira da Red Bull.  Adrian Newey, novo diretor técnico da Aston Martin, lembrou que, durante a era dos motores híbridos, a Red Bull enfrentou dificuldades com as unidades de potência da Renault, e quando tentaram convencer o então CEO Carlos Ghosn a investir mais na F1, ele respondeu: “Bem, eu não tenho interesse na Fórmula 1, só estou nela porque meu pessoal de marketing diz que eu deveria”.  A Red Bull voltou a ter sucesso depois de fechar uma parceria com a Honda, e Newey está animado para trabalhar novamente com eles na Aston Martin a partir de 2026. “Ficarei muito feliz em continuar trabalhando com a Honda”, disse ele. “Gostei muito de trabalhar com eles nos últimos seis anos na Red Bull. Grande grupo de engenheiros.” Rumores indicam que a Alpine pode usar motores Mercedes, mas Newey acredita que uma unidade própria será essencial devido à “enorme interação” entre o motor e o chassi. “Qualquer equipe de Fórmula 1 é a mesma. Elas têm três departamentos principais: aerodinâmica, design mecânico e performance do veículo, ou dinâmica veicular, como é chamado. Então será garantir que tentemos ter sinergia entre esses departamentos. E com a Honda no lado da unidade de potência, porque haverá uma interação enorme – provavelmente mais do que nunca – entre a unidade de potência e o chassi.” No comunicado da Renault, que confirmou o fim de seu programa de motores, não foi explicado como a Alpine planeja seguir. Bruno Famin, ex-chefe de equipe da Alpine, disse:  “Existe um pouco de potencial no desenvolvimento da integração, mas isso é bem teórico no fim das contas, porque agora todos os fabricantes de unidades de potência estão trabalhando muito de perto e muito cedo no projeto com as equipes, e todas as integrações são incrivelmente otimizadas”. “Se pegarmos um motor da Ferrari ou da Mercedes, estou bastante convencido de que toda a integração e o pacote já estarão muito, muito bons.” A decisão da Renault de encerrar a produção de motores pode ser o primeiro passo da marca para se retirar da F1 ou vender a Alpine, em vez de uma estratégia para melhorar seu desempenho.

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