Uma vantagem surpresa até para a McLaren: análise do GP da Holanda

Lando Norris diz que percebeu lá pela volta 5. Andrea Stella, perto da 15. E ambos se surpreenderam: a McLaren não era apenas o carro mais rápido do GP da Holanda. Pela primeira vez, essa geração da equipe tinha um carro MUITO mais veloz do que qualquer um. O primeiro sinal já tinha sido dado na classificação, quando Norris fez a pole com 0s35 de vantagem para Max Verstappen, em uma pista relativamente curta. Mesmo assim, quando o inglês mais uma vez viu o rival ter uma largada melhor (como a maioria dos pilotos que estavam saindo do lado par), começou a achar que teria uma tarde difícil, gastando mais pneu que Verstappen por estar na turbulência e tendo que fazer algo na estratégia para voltar à ponta. “Mas fui percebendo que os pneus dele estavam acabando antes dos meus”, constatação que foi feita pela equipe algumas voltas depois. “No princípio, pensamos no que tinha que ser feito na estratégia, e depois vimos que as posições poderiam se inverter na pista mesmo.” Os papéis se inverteram entre Verstappen e Norris Verstappen estava na posição vulnerável em que colocou seus rivais por tantas vezes. Com uma asa traseira mais eficiente, a McLaren pode equilibrar melhor a necessidade de andar bem nas retas e nas curvas em um circuito com uma sequência de curvas de média a alta velocidade como Zandvoort. Até porque sua asa dianteira, fundamental para o crescimento da equipe, funciona bem no sentido de não interferir negativamente no equilíbrio do carro. A Red Bull tinha isso também, mas em outro momento do desenvolvimento dessa geração de carros. No ritmo em que a disputa está agora, eles estão enfrentando problemas de equilíbrio com os quais seus rivais conviveram no passado. Os experimentos da Red Bull Para tentar remediar isso, eles escolheram Zandvoort para fazer uma série de testes, incluindo usar o assoalho do Bahrein no carro de Verstappen. A ideia era reunir o máximo de dados e entender qual o caminho daqui em diante. Mas, em Zandvoort, venta muito e, com isso, o tempo muda constantemente. Testar configurações com tudo ao seu redor mudando também é mais desafiador, e a Red Bull tomou algumas decisões erradas na configuração do carro. Especialmente nas asas traseiras enormes, semelhantes às usadas em Mônaco, que escolheu. A ideia era melhorar o equilíbrio do carro, o que não aconteceu. Pior, eles estavam muito lentos de reta. Desgastando mais os pneus e sem velocidade, Verstappen foi presa fácil para Norris, que foi decidido para a manobra que nem fazia sentido para o holandês defender. Exatamente como aconteceu algumas vezes, só que com os papéis inversos. Voltando à corrida… Isso foi na volta 18. Em quatro voltas, Norris já estava dois segundos na frente, antes do início da única rodada de pit stops. Isso era importante para evitar que Verstappen tentasse um undercut. Agora, ele já estava atrás demais para tentar qualquer estratégia diferente. Cabia a Norris só esperar Verstappen parar, para evitar que ele tivesse qualquer vantagem com algum Safety Car, e fazer o mesmo na volta seguinte. Norris trocou o composto médio pelo duro na volta 28, antes mesmo de sentir que precisava de borracha nova. Ele já tinha 6s de vantagem abertos em 10 voltas. No pneu duro, ambos só administraram e mesmo assim ele abriu outros 16s em 44 voltas. E venceu com 22s8 de vantagem. Do lado da McLaren, um carro que se adapta bem às curvas velozes em sequência de Zandvoort, que parece ser menos imune a mudanças de vento e de temperatura que os rivais, e que mais uma vez contou com um upgrade que ajudou. Do lado da Red Bull, um carro Frankenstein, com peças já ultrapassadas em termos de desenvolvimento, uma asa errada, todo o resultado de um time que vem tendo dificuldade de colocar o carro naquela janela mágica em que tudo funciona. Pódio de Leclerc surpreendeu Janela essa da qual a Ferrari ficou mais perto na corrida, depois de sofrer muito na classificação e em um tipo de pista que é o terror da Scuderia. Nem mesmo eles tinham uma explicação do que aconteceu exatamente, mas o ritmo do monegasco e também de Carlos Sainz, que vinha da décima colocação no grid, era bom desde o início. Leclerc teve uma ótima largada, aproveitando a dificuldade de aderência que quem estava nas posições ímpares do grid, e passando Perez. Mais do que isso, ele foi chegando em Oscar Piastri, que tinha perdido a terceira posição para George Russell também na largada. Ali, ficava claro que a Ferrari vinha muito mais forte em ritmo de corrida. Houve uma diferença significativa entre as duas McLaren em termos de ritmo ao longo do final de semana, e isso também foi verdade na corrida. Para piorar, Piastri levou um undercut de Leclerc, que vinha grudado nele e antecipou bastante a parada, na volta 24. Naquele momento, ele já tinha conseguido a posição de Piastri, que não teve outra saída a não ser estender seu stint para tentar dar o troco na segunda parte da corrida. Mas a estratégia da Ferrari teve um bônus. Russell estava 1s5 à frente de Leclerc quando

Uma vantagem surpresa até para a McLaren: análise do GP da Holanda
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