Teste: Mercedes-Benz E 300 mostra que classe vai além do nome
Sedã grande é vendido por R$ 639.900 e agrada até quem tem motorista particular De acordo com o dicionário, ter classe é o mesmo que dizer que alguém tem elegância. Não era nisso que a Mercedes-Benz pensava ao dar este sobrenome às suas famílias de carro. Afinal, a palavra é usada pela marca como sinônimo de categoria. Mas não dá para negar que os modelos da fabricante alemã combinam mais com o primeiro significado. O Classe E, vendido por R$ 639.900, é a prova disso. Começo dizendo que o sedã executivo chama a atenção por onde passa — e por vários motivos. Primeiro, por ter nada menos que 4,94 metros de comprimento. É um carro de dimensões imponentes. Além disso, sua 11ª geração chegou ao Brasil em um lote inicial de apenas 15 unidades. Isso significa que ainda é pouco conhecido. Mas o fato é que o Classe E voltou com (mais) classe. A Mercedes-Benz optou por manter o visual clássico, mas trouxe algumas mudanças para aumentar a sofisticação do sedã. A grade é nova e tem frisos horizontais totalmente cromados. A tradicional estrela de três pontas continua sobre o capô, mas agora está menos rígida para evitar ferimentos em um eventual acidente ou atropelamento. Mercedes-Benz E 300 Exclusive em rodas de 20 polegadas Divulgação Mais para trás, a traseira segue alongada, com destaque para as lanternas com logotipos da marca formando um efeito em 3D. As rodas de 20 polegadas têm desenho multirraios, o que dá um toque extra de refinamento. Não tem como negar que tudo no Classe E foi pensado nos mínimos detalhes. Basta se aproximar do sedã para entender melhor o que eu quero dizer. As maçanetas, iluminadas, ficam embutidas nas portas e só saem quando são destravadas. Para melhorar as boas-vindas, o símbolo da marca é projetado no chão. O carro não fala, mas é como se desse para escutar: “Aproveite! A experiência está só começando”. Mercedes-Benz Classe E tem 4,94 metros de comprimento Divulgação De fato. Assim que abri a porta, a vontade era de vestir um traje chique para combinar melhor com o ambiente. Em vez de um tapete vermelho, são diversas luzes ambientadas de LED que nos recebem dentro da cabine. O motorista pode escolher entre nada menos do que 64 opções de cores para a iluminação. Initial plugin text O acabamento, claro, acompanha todo esse refinamento. O plástico foi deixado de lado e há couro por toda parte, além de alguns detalhes em madeira. Para completar a sofisticação, são três telas digitais. O painel de instrumentos tem 12,3 polegadas e chega a mostrar o mapa e as informações principais em relevo. Já a central multimídia é de 14,4” e traz conexão com Apple CarPlay e Android Auto sem a necessidade de fio. E não há o que reclamar no funcionamento. Afinal, não trava e é intuitivo. Por fim, há ainda uma terceira tela só para o passageiro dianteiro. No total, são impressionantes 39 polegadas. Uma cabine futurística. Interior do Classe E mescla tradição da madeira com futurismo de três telas digitais que totalizam 39 polegadas Divulgação Isso sem contar o teto solar panorâmico, os 17 alto-falantes Burmester e uma câmera que permite que o motorista tire fotos, grave vídeos e até participe de reuniões — mas só quando o carro está parado. Hora de fazer os ajustes para começar a dirigir. Colocar o banco do motorista na posição correta é fácil: basta selecionar a sua altura na central multimídia. Depois, tudo é feito de forma elétrica, inclusive a regulagem do volante. Nesse quesito, só o que deixa a desejar é a abertura e o fechamento do porta-malas (de 540 litros), feitos apenas manualmente. Pode ser desnecessário para um sedã? Pode. Mas foi a Mercedes (e esse preço) que me acostumaram mal. O Classe E também é o primeiro carro da marca conectado à internet. Por isso, o funcionamento é similar ao de uma Alexa. Basta dizer “Oi, Mercedes” e fazer o pedido. Só que um Waze ou Google Maps são melhores nesse quesito — ainda bem que seguem disponíveis. Entre outras coisas, há também GPS nativo com informações em tempo real e imagens de realidade aumentada. Na prática, isso significa que um vídeo é mostrado na tela principal com a cena à frente do carro. Neste momento, setas indicam para onde o motorista deve seguir. Mercedes-Benz E 300 Exclusive está mais espaçoso em função do entre-eixos, que ficou 2 cm maior Divulgação Junto disso, o head-up display (um sistema que projeta informações no vidro que fica na frente do motorista) também mostra as sinalizações. O sistema faz até os condutores mais perdidos conseguirem acertar o caminho. E falo por experiência própria. Ponto bem positivo. Como todo Mercedes, o seletor de marchas fica posicionado atrás do volante. Não sou fã desse formato, mas, convenhamos, isso é só questão de costume. Então, com o Drive selecionado, vamos dirigir. Antes, é importante esclarecer que o Classe E é vendido no Brasil em versão única, chamada de E 300 Exclusive. Assim, temos um motor 2.0 turbo de quatro cilindros em linha que recebe ajuda de um sistema híbrido leve de 48 Volts. Sã
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