WEC tem carros com seta e ar-condicionado e usa etanol das sobras de vinho

Categoria é usada por fabricantes para desenvolver tecnologias que chegarão aos carros de rua no futuro O Autódromo de Interlagos recebe, neste domingo (14), as 6 Horas de São Paulo, etapa do Mundial de Endurance da FIA (WEC), uma das mais importantes categorias do automobilismo mundial. Se a competição não é tão conhecida do público em geral, podemos afirmar que está bem mais próxima dos carros de rua do que a Fórmula 1, por exemplo. Autoesporte mostra, a partir de agora, algumas curiosidades dos supercarros que passam de 300 km/h. + Quer receber as principais notícias do setor automotivo pelo seu WhatsApp? Clique aqui e participe do Canal da Autoesporte. Se você acompanha a categoria, já deve ter visto vídeos virais que mostram os carros saindo dos boxes de forma silenciosa. Isso porque a categoria principal, Hypercar, tem bólidos híbridos. Isso significa que grande parte das movimentações dentro no pitlane é feita com o motor elétrico. Carros da WEC são híbridos e podem ter motores de diferentes concepções André Paixão/Autoesporte O propulsor é instalado no eixo dianteiro, e, no caso do Peugeot 9X8, por exemplo, tem 271 cv e garante tração nas rodas da frente. Combinado com um motor a combustão, o conjunto pode ter até 670 cv de potência e tração integral. Cabe a cada equipe realizar o balanço entre os diferentes motores. Initial plugin text A capacidade e o peso da bateria não são informados, assim como a autonomia no modo elétrico. Para Jean-Marc Finot, diretor da equipe Peugeot, essa é a questão mais sensível dos carros que disputam a WEC. E também um dos pontos de contato entre a categoria e os veículos de rua. “Usamos a WEC como laboratório, já que existe uma grande complexidade na eletrificação. A principal questão é ter uma bateria que não seja muito grande, mas que possa ser carregada muito rapidamente”, afirmou. Fabricantes como Ferrari e Porsche disputam o Mundial de Endurance (WEC) Getty Images 10 pilotos brasileiros que correram na F1 e talvez você não lembre Veja 5 tecnologias que surgiram na Fórmula 1 e hoje estão no seu carro Carros flex? Uma diferença considerável para a Fórmula 1 é que não há limitação para tipo ou tamanho do motor. Peugeot, Toyota e Alpine, por exemplo, usam motores V6 turbinados. Já Ferrari, Lamborghini, Cadillac e BMW adotam unidades maiores, V8, que podem ou não ter o auxílio de um turbo. Outra curiosidade é que esses motores são movidos por uma gasolina que usa 10% de bioetanol. A fornecedora para todas as equipes é a francesa TotalEnergies, que usa a biomassa gerada dos resíduos da produção de vinhos no país para a confecção do combustível. Todos os carros do FIA WEC usam pneus Michelin Autoesporte/Vitória Drehmer Ou seja, ainda que de forma simplória, os carros da WEC podem ser considerados primos (muito) distantes dos veículos flex que existem há 20 anos no Brasil. Com esse combustível, a TotalEnergies afirma que as emissões de CO2 foram reduzidas em pelo menos 65% na WEC. Setas e ar-condicionado Carros do FIA WEC tem espelho retrovisor com câmera e ar-condicionado Autoesporte/André Paixão E as semelhanças com carros de rua não param por aí. Assim como qualquer veículo, os carros da WEC são equipados com limpador de parabrisa (mas não há lavador) e luzes de seta. Elas são usadas principalmente para “negociar” ultrapassagens sobre veículos das categorias mais lentas, quando a diferença de desempenho é considerável. E quando há uma bandeira amarela, por exemplo, o pisca-alerta é acionado. Na parte do “conforto”, ainda que a corrida de São Paulo seja disputada no inverno, os carros possuem sistema de ar-condicionado. “As provas exigem muito do físico, mas o carro é muito confortável. Tem ventilação e os bancos são moldados para o nosso corpo. Isso faz a diferença em trechos longos”, disse Stoffel Vandoorne, piloto da Peugeot. Para finalizar, o "espelho" retrovisor é substituído pela imagem de uma câmera. Michelin é a fornecedora de pneus da categoria Hypercar da WEC Getty Images Já Frederic Makowiecki, piloto da Porsche, acredita que a similaridade também está nos pneus. A categoria principal da WEC tem como única fornecedora a Michelin. “Mais e mais, os carros de rua estão se tornando similares aos carros de corrida. Se você der uma olhada, os elementos dos pneus, pelo menos agora, são parecidos nos carros de rua e de corrida. Definitivamente, o composto é parecido, o que é bem interessante.” Segundo Finot, durante uma prova de seis horas, como a de Interlagos, os veículos fazem de sete a oito paradas, seja para uma das trocas de piloto, abastecimento e trocas de pneus. Até por isso, foi preciso acelerar também o tempo de possíveis reparos. Asas dianteira e traseira são fáceis de serem retiradas nos carros da WEC André Paixão/Autoesporte As asas dianteiras e traseiras, por exemplo, fazem parte de grandes peças de fibra de carbono. Para facilitar ajustes e eventuais manutenções, são encaixadas e podem ser retiradas e recolocadas em poucos segundos. Em pr

WEC tem carros com seta e ar-condicionado e usa etanol das sobras de vinho
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