Indústria sai em busca de gás na Bolívia. Vai rolar?

newsletter APRESENTADA POR   Editada por André Ramalhoandre.ramalho@epbr.com.br PIPELINE Indústrias brasileiras se aproximam da YPFB para importar gás boliviano diretamente. Consumidores aguardam, agora, mais detalhes sobre as condições de negociação, mirando janela de oportunidade a partir de outubro. Câmara reduz teto da alíquota do imposto seletivo sobre o gás. Compass no controle da Compagas. 3R e PetroReconcavo avaliam compartilhamento de infraestrutura. Edge fecha 1º contrato fora de SP e mais. Confira: EM BUSCA DE GÁS  A aproximação entre agentes industriais brasileiros e autoridades da Bolívia esta semana, para negociações diretas de importação de gás natural do país vizinho por consumidores gás-intensivos, sem o intermédio da Petrobras, merece ser comemorada como um marco, de fato, na agenda da abertura do mercado. O canal aberto com o apoio manifesto do governo Lula é inédito na parceria comercial entre Bolívia-Brasil – historicamente marcada por um forte protagonismo entre YPFB e Petrobras, as estatais dos dois países. Presente na comitiva de representantes do governo e da indústria que viajou à Santa Cruz de La Sierra, na esteira da visita oficial de Lula ao país andino, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que há uma janela de oportunidades para que as importações se concretizem a partir de outubro – quando a Argentina deve deixar de comprar gás boliviano. Para os consumidores, a importação direta da Bolívia é uma oportunidade de acesso a um gás barato em relação aos valores do mercado nacional. Entre o início da aproximação entre as partes e a assinatura dos primeiros contratos entre a YPFB e as indústrias, porém, ainda há um caminho a ser percorrido... E será preciso colocar alguns pontos nos is. Afinal, qual o volume de gás disponível para as indústrias brasileiras? Como a Petrobras, principal cliente do gás boliviano, se comportará? Qual será, de fato, o preço da YPFB? E em que condições de fornecimento: firme? interruptível? A seguir, a gas week se debruça sobre o tema. [the_ad id="87369"] A AGENDA SEGUE  Como antecipado pelo político epbr, serviço de assinatura exclusivo para empresas (teste grátis por 7 dias), os agentes industriais brasileiros esperam retomar as conversas com a YPFB até o fim do mês. Representantes do setor industrial que participaram da reunião com a YPFB convidaram membros da estatal boliviana a virem a São Paulo ainda em julho, para um roadshow – possivelmente na Fiesp – com empresários brasileiros. A expectativa, conta o presidente-executivo da Abiquim, André Passos, é que a YPFB apresente então mais detalhes sobre a modelagem de uma eventual venda direta, dando mais clareza sobre as condições comerciais – como modalidades de fornecimento (firme ou interruptível), volume disponível etc Já os preços devem ficar para as negociações bilaterais com as indústrias. A primeira reunião entre as partes no dia 8, véspera da chegada de Lula à Bolívia, contou com a presença de membros das associações que representam as indústrias: Abiquim (química), Abividro (vidro), Abceram (cerâmica), Abrace (grandes consumidores) e Fiesp (indústrias paulistas). Da YPFB, os brasileiros ouviram o interesse da estatal de diversificar sua base de clientes. As condições comerciais, porém, não entraram na pauta. A expectativa, agora, é que a agenda avance para um relacionamento mais direto entre a YPFB e as empresas em si. AINDA FALTAM OS NÚMEROS  O quanto a YPFB vai cobrar pelo gás ainda é uma incógnita para a indústria, mas os consumidores brasileiros veem espaço para acessarem um gás competitivo. Baseiam-se na diferença entre o custo de importação e o preço do gás efetivamente cobrado pela Petrobras. A conta é a seguinte: a Petrobras compra o gás boliviano, na fronteira, por pouco mais de US$ 6 por milhão de BTU mas a molécula é vendida pela estatal às distribuidoras por entre US$ 9 e US$ 11 o milhão de BTU, a depender do tipo do contrato Acessar diretamente os bolivianos, sem o intermédio da estatal, portanto, seria uma oportunidade de comprar um gás a um preço mais aderente com os custos da importação em si – a petroleira costuma atribuir o fato de não ter um gás barato aos custos do pré-sal e do GNL embutidos no seu preço. “Queremos um gás que nos permita ganhar competitividade com um custo realista”, disse o presidente da Abividro e coordenador-geral do Fórum do Gás, Lucien Belmonte. Ainda não está claro também qual o volume de gás disponível para negociações diretas entre a YPFB e a indústria brasileira. Ao discursar, em Santa Cruz de La Sierra, Silveira disse que há espaço, a curto prazo, para que a indústria importe cerca de 4 milhões de m3/dia a partir de outubro – quando a Argentina deve deixar de importar gás boliviano, liberando, em tese, o volume para o mercado brasileiro. Silveira mencionou ainda que outros 2 milhões de m3/dia podem ser trazidos de Vaca Muerta, pela infraestrutura de gás boliviana atualmente ociosa – também a partir de outubro, com a conclu

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