Abeifa sai em defesa dos carros elétricos e critica "retrocesso"

Pleito das montadoras tradicionais por mais impostos aos carros elétricos e híbridos "é retrocesso", volta a alertar a Abeifa 11 jul 2024 - 16h26 Compartilhar Marcelo Godoy, presidente da Abeifa, e as marcas mais vendidas: Porsche, BYD, Kia e Volvo Foto: Divulgação / Guia do Carro Diante do recente pleito das montadoras tradicionais de aumento imediato do imposto de importação para carros híbridos e elétricos para 35%, a Abeifa voltou a se posicionar contrária a quaisquer mudanças de regras e apoia a previsibilidade nas políticas industriais do setor automotivo brasileiro.Na visão da Abeifa, a estabilidade nas regras deve ser respeitada “sobretudo em respeito aos clientes/consumidores que têm o direito ao acesso e a escolha por tecnologias de ponta”. BYD com 32.572 carros vendidos, Volvo com 4.118, Porsche com 3.205, Kia com 2.598 e Land Rover com 2.156 foram as marcas mais vendidas de janeiro a junho. Notícias relacionadas Em balanço do primeiro semestre conduzido por Macelo Godoy, presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, a entidade reforçou o argumento de que políticas protecionistas não trazem benefícios ao Brasil, ressaltando que nos anos 1990, não fossem a abertura do mercado interno para veículos importados, o país não teria o parque industrial de hoje, com algumas dezenas de fabricantes.“Nos encontramos na iminência de ter um grave retrocesso do setor automotivo brasileiro”, voltou a alertar Marcelo Godoy, para quem “medidas protecionistas ou barreiras alfandegárias artificiais são sempre ineficazes”."A médio e longo prazos, são prejudiciais a toda a cadeia automotiva e em especial ao Brasil”, disse Godoy. “As importações, além de regular o mercado interno por meio da competitividade de tecnologias e de preços, desafiam as montadoras locais a melhorar seus próprios produtos e ao aumento efetivo das exportações, o que vale dizer que a competitividade coloca em xeque a indústria local.”A Abeifa também se manifestou contrária à inclusão dos carros elétricos no imposto seletivo da reforma tributária, em tramitação, e à exclusão desses modelos na isenção do IPVA, privilegiando somente os veículos híbridos abastecidos com hidrogênio ou etanol no Estado de São Paulo.“Os veículos elétricos são mundialmente reconhecidos como uma das principais soluções para a redução das emissões de gases de efeito estufa e poluentes atmosféricos, contribuindo significativamente para a melhoria da qualidade do ar e o combate às mudanças climáticas”, argumenta Godoy. “Ignorar essa categoria de veículos no incentivo fiscal demonstra falta de alinhamento com as tendências globais e com os compromissos ambientais assumidos pelo Brasil”.“Além disso, a exclusão dos veículos elétricos da isenção do IPVA desestimula a adoção de uma tecnologia limpa e eficiente, dificultando o avanço do mercado de veículos elétricos no país”, completou. “Essa decisão contraria os interesses dos consumidores que buscam alternativas mais sustentáveis e dos fabricantes que investem em inovação e sustentabilidade.”Números do semestreAs dez marcas filiadas à Abeifa licenciaram 7.979 veículos em junho, das quais 7.830 importadas e 149 de produção nacional. Houve uma alta em suas vendas de 3,2% ante maio. Comparado a junho do ano passado, o aumento é de 231,4%: 7.979 unidades contra 2.408 veículos.Na importação, os 7.830 veículos vendidos significaram aumento de 3,3% sobre maio e alta de 247,1% ante junho de 2023; enquanto na produção nacional (149 unidades), a alta de vendas foi de 2,1% ante maio último e houve queda de 2% perante junho de 2023. No acumulado de janeiro a junho, importados mais as unidades aqui produzidas, a Abeifa soma 45.766 unidades, 223,9% mais em relação aos primeiros seis meses de 2023, quando foram emplacadas 14.131 unidades. O acumulado somente de importados anotou crescimento de 235,3%: 44.921 unidades ante as 13.397 unidades do ano passado. No entanto, respondem por 23,2% do total de importados no primeiro semestre do ano.Com 41.417 veículos eletrificados importados emplacados no primeiro semestre, as associadas da Abeifa representam 52,2% do mercado total de 79.303 unidades registradas.    Compartilhar TAGS

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