DE GERAÇÃO A GERAÇÃO - VOLKSWAGEN PASSAT 50 ANOS NO BRASIL

 Em julho o Passat completa 50 anos de lançamento no Brasil. Foram duas gerações produzidas em nosso país (se contarmos a primeira geração do Santana, que é a segunda do Passat europeu), um hiato de sete anos e quatro gerações importadas da Europa. Ele deixou de ser vendido aqui em 2020, após 25 anos de importação, por causa das vendas baixas. Ganhou nova geração na Europa no ano passado, somente na versão perua.  Confira a partir de agora a história mais detalhada, focando o mercado brasileiro e, claro, a primeira geração cinquentenária. Primeira geração 1974 a 1988 no Brasil1973 a 1980 na EuropaO Passat foi lançado na Europa em 1973, projetado sobre a plataforma do Audi 80 (a marca já pertencia à Volkswagen na época). Ele tem o nome de um vento equatorial, mas não foi o primeiro Volks com motor arrefecido a água. Este pioneirismo cabe ao K70, um sedã médio da extinta NSU que ganhou emblema VW quando também foi adquirida pela conterrânea. NSU/VW K70Para se diferenciar da sua matriz luxuosa, que era três volumes, o Passat foi simplificado com a carroceria fastback, de duas ou quatro portas laterais. O restante era igual ao 80, como a ampla área envidraçada, a grade padronizada preta com um (redondo ou oval) ou dois pares (redondos) de faróis e lanternas traseiras horizontais abaixo da tampa do porta-malas. Ambos foram desenhados pelo designer Giorgetto Giugiaro.Audi 80 - A base do PassatAqui no Brasil, sim, o Passat foi o primeiro Volkswagen fabricado com motor refrigerado a água. Mas a sua modernidade não estava apenas nisso. A plataforma era inteiramente nova e o próprio propulsor também passou para a frente do carro, em posição longitudinal. Além disso, suspensão, tração, transmissão, coluna de direção e carroceria eram novidades. Foto: Marcelo NadólskisForam tantas inovações que a fábrica precisou treinar os mecânicos brasileiros, acostumados com o motor a ar de cilindros opostos e o radiador montado na lateral. Os vendedores de concessionárias chegaram a praguejar contra o novo carro e chamá-lo de anti-Volkswagen. Fizeram o mesmo com a Brasília um ano antes e ela acabou se tornando o carro mais vendido do país. É o velho complexo de vira-latas brasileiro, que achava que não merecia ou tinha preguiça de trabalhar para se adaptar a um projeto mais moderno.Até uma tempestade caiu sobre o Rio de Janeiro na festa de lançamento, em 1974. Mas o Passat trouxe novos ventos e muita água rolou nos quarenta e seis anos seguintes.Foto: Marcelo NadólskisO Passat foi lançado em julho daquele ano, com estilo idêntico ao europeu, mas somente com um par de faróis redondos, na carroceria de duas portas e nas versões L e LS, com rodas de aço, sem calotas. Posteriormente, foi lançada uma breve versão intermediária LM. O único motor tinha 1.5 litro e rendia 65 cavalos de potência líquida.O interior tinha painel horizontal com acabamento em madeira (opcional) e quadro de instrumentos em formato de caixa. O miolo do volante era horizontal e pentagonal. A qualidade dos materiais era boa, especialmente na LS, porém, os bancos e as maçanetas eram muito baixos. O espaço interno acomodava três passageiros atrás, mas a carroceria de 4,18 m de comprimento - 13 cm mais curta que a do TL, hatch que o Passat substituiu posteriormente - limitava o conforto para as pernas. A sua distância entre-eixos era de 2,47m. O porta-malas, cuja tampa só abria o baú, tinha capacidade para 362 litros (medição da revista Quatro Rodas). O rádio AM era opcional.Na mecânica, além das inovações no motor, a tração era dianteira, o câmbio tinha quatro marchas, a transmissão juntas homocinéticas, a suspensão dianteira vinha com raio de rolagem negativo (garantindo uma ótima estabilidade nas curvas) e os dois circuitos do freio atuavam em diagonal. A coluna de direção era deformável, procurando reduzir as lesões no motorista em caso de colisão. O cinto de segurança tinha três pontos somente para o motorista.Em 1975 chegou a versão de quatro portas, que se destacava por formar uma terceira janela com a inclusão da coluna da porta traseira, cortando o amplo vidro lateral traseiro trapezoidal. Tinha o mesmo motor e as mesmas duas versões de acabamento. A única novidade mecânica foi a adoção do servo-freio, cuja ausência foi muito criticada no lançamento. No mesmo ano ele foi eleito o Carro do Ano pela revista Autoesporte pela primeira vez.Em 1976, a primeira grande novidade da linha Passat foi a versão esportiva TS (Touring Sport), que inaugurou o motor 1.6 refrigerado a água na Volkswagen, com 80 cavalos de potência líquida. Visualmente, além da faixa na lateral até a coluna do vidro na carroceria (exclusivamente duas portas) com a sigla da versão, se destacava pelos dois pares de faróis redondos. Também dupla era a saída de escapamento. Os pneus eram radiais. Dois anos depois, a faixa ficou mais larga e somente na altura das rodas.Por dentro, o volante tinha três braços de alumínio perfurado com o nome da versão no centro. O quadro de instrumentos ganhou conta

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