Red Bull RB20: o perfeito não parece ser tão bom assim

As ultimas provas tem mostrado que o Red Bull RB20 tem sofrido para lutar contra a concorrência de Ferrari e McLaren. Tendência ou exceção? 27 mai 2024 - 18h26 Compartilhar Verstappen em Monaco: nem andando próximo dos muros o RB20 funcionou Foto: Red Bull Content Pool Tão logo apareceu na pré-temporada, a Red Bull foi considerada a campeão por antecipação. O RB20 veio como uma evolução mais matadora da linha estabelecida pela dupla Newey/Waché desde 2022. Mais uma vez, os taurinos vieram estabelecendo tendências e deixaram a concorrência a ver navios.E o início da temporada mostrou isso. Casado com a competência e o talento de Max Verstappen, simplesmente o RB20 tratorou a concorrência. Em 5 etapas, 4 vitórias do neerlandês, com Sainz conseguindo a única vitória na Austrália, graças a um abandono de Verstappen por problemas de freio. Notícias relacionadas Aparentemente, o público já se estava se conformando com a ideia de mais um domínio acachapante da dupla Red Bull e Max Verstappen. Porém, a F1, embora seja uma das áreas onde as ciências exatas predominem, as forças do acaso acabam entrando em ação...Em Miami entrou em ação um pacote de atualização da McLaren e permitiu que Norris e Piastri pudessem ser efetivamente “caçadores de touros” junto da Ferrari, que teve um salto qualitativo com o SF24. Ali o RB20 começou a mostrar que poderia sofrer e a vitória de Norris se mostrou que poderia acontecer mesmo sem o Carro de Segurança.O aparecimento de circuitos que exigem mais da suspensão acabou deixando a Red Bull em dificuldades. Em Imola, Verstappen chegou na frente, mas teve problemas para chegar na frente, especialmente na gestão dos pneus duros. Junte isso com problemas de gestão de bateria e uma atuação mais incisiva de Lando Norris, fez que a vitória de Verstappen fosse mais cansativa do que precisava.Até que chegamos em Monaco, onde a Red Bull não conseguiu se acertar de modo algum, com Verstappen reclamando mais do que nunca do comportamento do carro e teve que se conformar com uma corrida burocrática.Aqui, temos alguns pontos a considerar...Estamos chegando ao ponto final de um ciclo de regulamento técnico. Alguns optaram por fazer uma ruptura agora para poder ter ainda um espaço para desenvolvimento e outros consideraram fazer uma evolução contínua. No primeiro grupo, vemos Mercedes e Ferrari. Em parte, a McLaren, que conseguiu achar um caminho na fase final de 2022 e conseguiu seguir. No segundo, temos a Red Bull.Como bem disse Adrian Newey na época da apresentação do RB20, se um conceito se mostrou vitorioso e ainda se encontram possibilidades de melhoria, por que não ir além? Olhar o RB20 hoje notam-se ecos do RB18 de 2022, que mostrou ser o exemplar que melhor entendeu o regulamento atual.Naturalmente, o RB20 já seria um projeto que a possibilidade de evolução já não seria tão grande quanto o da concorrência. Entretanto, não podemos ignorar que a turbulência interna da Red Bull já possa ter influenciado no trabalho, já que a confusão teve início justamente quando os times começam a trabalhar nos pacotes iniciais de melhoria técnica e mecânicas. Adrian Newey: sua saída vai impactar no desenvolvimento? Foto: Getty Images / Red Bull Content Pool Mas há um ponto principal aqui que mostra o que poderia ser o ponto fraco da Red Bull: circuitos de rua ou muito ondulados. Singapura 2023 mostrou que este era um ponto e parece que o RB20 sofre mais ainda do problema. E aqui podemos considerar uma situação que Adrian Newey teve em projetos passados...A atual configuração do F1, com a reaparição do efeito solo, exige que os carros tenham que andar o mais próximo do chão para gerar o máximo de pressão aerodinâmica possível. Para tal, o carro não pode oscilar tanto. Por isso as suspensões ganham uma grande importância: elas não podem ter um curso tão grande e não podem ter uma regulagem tão dura. Sabe quando você anda de ônibus e se sacode demais? É quase a mesma coisa que acontece com um F1; ele não pode ter uma grande oscilação.  A Red Bull foi uma das primeiras a se livrar do problema do porpoising justamente pela experiência que Adrian Newey teve com os carros asa na F1 e na Indy nos anos 80.  E aqui começa a entrar o ponto do projeto.Normalmente, planejar um F1 implica em escolhas: o Diretor Técnico acaba por juntar as demandas de acordo com os dados existentes e em comparação com a concorrência, e assim vai em frente para fazer o seu projeto. Mas pode ser que um carro seja melhor em circuitos de maior velocidade ou tenham um acerto melhor para pistas mais sinuosas.No caso, a Red Bull parece ter optado por um projeto mais extremo, que funciona na maior parte das pistas. Mas quando pega pistas em que se tem de atacar mais as zebras, uma maior mudança de direção (Monaco é um caso) ou o asfalto não seja tão liso, aí a coisa começa a complicar.... O carro de Perez sendo içado no GP de Monaco de 2023. Os detalhes do fundo Red Bull ficou exposto para todos... Foto: F1 O RB20 pa

Red Bull RB20: o perfeito não parece ser tão bom assim
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As ultimas provas tem mostrado que o Red Bull RB20 tem sofrido para lutar contra a concorrência de Ferrari e McLaren. Tendência ou exceção? 27 mai 2024 - 18h26 Compartilhar Verstappen em Monaco: nem andando próximo dos muros o RB20 >>>

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