Todos querem que o Salão do Automóvel volte, menos as marcas de carro

Pouco mais de 10% das marcas que vendem no Brasil demonstram interesse em participar de uma possível nova edição do Salão; falta de perspectiva de vendas durante o evento pode ser obstáculo O Salão do Automóvel não é realizado desde 2018. E pode não acontecer tão cedo, se depender apenas das marcas de carros. Ainda que o evento seja um dos mais populares do país, com perspectiva de injetar centenas de milhões de reais em São Paulo, as fabricantes não encaram um eventual retorno com entusiasmo. Saiba-mais taboola Nem mesmo as recentes falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ou até a vontade da associação das fabricantes, parece ter animado o setor. Autoesporte procurou as 27 empresas, que representam as mais de 30 marcas de carros que atuam no Brasil com uma pergunta simples: há interesse em um evento como o Salão do Automóvel? + Quer receber as principais notícias do setor automotivo pelo seu WhatsApp? Clique aqui e participe do Canal da Autoesporte. De cara, Volkswagen, Hyundai, Renault e Audi disseram que não comentariam o assunto. Outras cinco marcas sequer responderam o contato (Honda, Ford, BMW, Volvo e Seres). Autoesporte questionou as marcas que vendem no Brasil, para saber se existe interesse em participar de uma nova edição do evento Marcos Camargo/Autoesporte Um grupo maior, composto por seis empresas, responderam que ainda não avaliaram, não pensam em avaliar ou não têm uma posição em relação ao assunto. São elas: Nissan, Caoa (responsável pelas marcas Caoa Chery e Subaru), Jaguar Land Rover, Porsche, Kia e Via Itália (importadora da Ferrari, Lamborghini, Rolls-Royce e Maserati. Sete fabricantes avaliam a possibilidade de participar do evento. Podemos enumerar a Stellantis (proprietária das marcas Fiat, Jeep, Citroën, Peugeot e Ram), Chevrolet e BYD, além de Mercedes-Benz, HPE (responsável por Mitsubishi e Suzuki) e marcas chinesas que ainda nem chegaram ao Brasil, como Zeekr e Neta. Por fim, apenas GWM, Toyota e Omoda Jaecoo dizem ter interesse em participar de um evento do tipo — pouco mais de 10% das marcas ouvidas. Isso não significa que elas já tenham confirmado presença em um novo Salão do Automóvel. Confira o posicionamento de cada marca ao final da matéria. Das 27 empresas contatadas, apenas quatro afirmaram possuir interesse em participar de um possível Salão do Automóvel de São Paulo Caio Patriani/Autoesporte Outras marcas já descartaram participação, como a Jac Motors e a UK Motors (responsável por Aston Martin e McLaren no Brasil). Confira abaixo o posicionamento de cada fabricante. Longa novela A falta de um posicionamento claro das marcas pode ser explicado pela incerteza em relação ao evento. No início de 2022, já com a pandemia arrefecida, Anfavea e RX (antiga Reed Exhibition Alcantara Machado) anunciaram o São Paulo Motor Experience, com previsão de realização em agosto daquele mesmo ano. Salão do Automóvel é pedido de Lula que esbarra na vontade das fabricantes Indústria automotiva tem o maior nível de emprego desde janeiro de 2023 Menos de dois meses depois o evento foi cancelado, e o assunto ficou esquecido até o final de 2023, quando o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, afirmou que as conversas entre as fabricantes e a RX estavam avançadas. O executivo prometeu que o Salão do Automóvel de 2024 seria realizado em novembro. Mais recentemente, durante o Salão de Pequim, um novo cronograma surgiu apontando que o evento poderia acontecer em março de 2025, no Pavilhão do Anhembi. O discurso foi reforçado com uma fala do presidente Lula sobre o assunto em abril: “Diante de tudo que está acontecendo e o governo está fazendo, tenho um pedido a vocês: retomem o Salão do Automóvel. Vocês não têm noção do quanto é importante e o quanto de visitantes pode trazer” apelou o presidente. Lula reforça vontade de retomada do Salão do Automóvel de São Paulo em inauguração da Anfavea Paulo Pinto “Eu mesmo adorava visitar, ver a inovação tecnológica dos carros e ônibus. É uma oportunidade para que o nosso ministro de Indústria e Comércio convide ministros de outros países… Isso se chama negócio” completou Lula. Nem mesmo o apelo do presidente parece ter mudado a ideia das fabricantes. Ainda que nenhuma tenha falado abertamente, há uma razão muito clara para que o retorno do Salão do Automóvel não tenha sido consumado: os custos elevados e a falta de perspectiva de arrecadação com a venda de carros. Em 2020, ou seja, quatro anos atrás, participar do evento custava, no mínimo, R$ 5 milhões. Em muitos casos, essa soma é boa parte do orçamento de marketing das empresas. Mesmo que uma mostra como essa possa atrair milhares de clientes, a falta de garantia de fechar um negócio e as atenções divididas com rivais acabam afastando as fabricantes. 30 carros inéditos serão feitos no Brasil com investimento de R$ 117 bilhões Motivações para 2025 Dois tópicos jogam a favor da retomada do Salão do Automóvel. O primeiro é a chegada em massa de novas marcas chinesas. Dispostas a apre

Todos querem que o Salão do Automóvel volte, menos as marcas de carro
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