Crescimento da frota elétrica no país demanda adaptações em prédios e empresas
Cuidados e maior especialização de quem atua no segmento automotivo são fundamentais para que a demanda siga crescente, mas de forma segura.
Não há dúvidas que os carros elétricos já são uma realidade consolidada no Brasil. Atualmente, a frota elétrica do país soma mais de 150 mil unidades em circulação (dados da Secretaria Nacional de Trânsito - Senatran) e com tendência de alta nos números. A transformação do setor automotivo está em pleno vapor, o que traz como importante desafio as adaptações necessárias para atender ao público que opta por esse tipo de veículo.
O tema vem sendo pensado tanto na esfera pública, com o desenvolvimento de normas que atentem à segurança, por exemplo, nas vagas dos carros elétricos e pontos de carregamento, quanto na esfera privada, com o objetivo de garantir trabalho de qualidade e segurança para consumidores, bem como para os trabalhadores que atuam nesse mercado. É o que tem acontecido com o segmento de blindagem automotiva, onde a participação dos veículos híbridos e elétricos também é crescente.
Na Concept Be Safe, de São Paulo, grupo que incorporou a Concept Blindagens, cerca de 25% do total de carros que estacionaram na empresa em busca da proteção em 2023 eram elétricos ou híbridos.
“Para atender a essa demanda crescente, investimos em programas de treinamento para os nossos seus técnicos e integrantes do departamento de engenharia, de forma a compreender as complexidades que envolvem a blindagem desses carros”, diz Fabio Rovêdo de Mello, membro do conselho diretivo de Inovação e Tecnologias da Concept Be Safe.
Não existe ainda uma regulamentação para a manutenção e outros serviços realizados em veículos elétricos e híbridos, apesar de já haver grupos e instituições trabalhando em busca dessa normatização, como a ABNT, com a NBR 17019. Mas, enquanto esse trabalho não é definitivo, cabe às empresas que atendem a esse público buscarem adequação.
Entre as orientações e medidas de segurança a serem adotadas na proteção balística de carros elétricos, está o isolamento da área onde será realizado o processo e manuseio das etapas da blindagem; a sinalização do posto de trabalho, alertando sobre o manuseio em sistema elétrico de alta potência com placas indicativas; e a atenção para seguir o procedimento de “desenergização” recomendado pela montadora, entre outros cuidados.
“Para além dessas medidas, também há um forte trabalho de conscientização de toda a equipe sobre a necessidade de se isolar a área onde se encontra o veículo, de forma também a repassar a informação para eventuais visitas externas para se garantir a segurança, e a realização do acompanhamento dos procedimentos por dois profissionais para que seja adotada a dupla revisão, garantindo que todos os cuidados tenham sido tomados”, acrescenta o diretor da Concept Be Safe.
Diante dos cuidados especiais que envolvem o manuseio de carros elétricos e com a expectativa do avanço nas regulamentações no país seguirem inspiradas nas normas internacionais (Nr 10, ECE R100 e DGUV 209-93), as precauções extras são essenciais para que os técnicos especializados que manuseiam o VE tanto na desmontagem quanto na aplicação de material balístico estejam treinados e aptos para exercer com toda segurança o seu trabalho.
Afinal, diante de um cenário que aponta que, em 2030, os veículos eletrificados representarão 58% do mercado, de acordo com o levantamento Futuro da mobilidade sustentável no Brasil – Um caminho pela eletromobilidade, realizado pela Bright Consulting, empresa de consultoria que também atua no setor automotivo, não há dúvidas de que eles também representarão fatia importante no mercado de blindagem, setor que vem registrando recordes de usuários a cada ano no país.
Fonte:
EX Libris
Assessoria de Imprensa