Teste: Ram 700, a irmã gêmea da Fiat Strada que fala portunhol

Picape vendida no México é produzida no Brasil e tem diferenças em comparação com a Strada Nada é tão brasileiro quanto feijoada, caipirinha, pão de queijo e... caminhonetes compactas. Nossas picapinhas sempre foram objeto de surpresa e certa admiração entre estrangeiros. Nas últimas décadas, nenhum modelo dessa categoria tem sido tão famoso quanto a Fiat Strada, não apenas por ser o atual veículo leve mais popular no Brasil como também por ser vendida em 14 países da América Latina e Caribe. Saiba-mais taboola A curiosidade é que, em boa parte desses mercados (exceção feita a Argentina, Uruguai e Paraguai), a nossa Fiat Strada não é comercializada com seu nome original, mas sim como Ram 700, aproveitando a maior reputação da marca do carneiro entre picapes — o Brasil é um dos poucos países em que a Fiat tem mais força do que a Ram no mercado de utilitários com caçamba. Símbolo da Ram aplicado na tampa da caçamba causa estranheza aos brasileiros Divulgação Foi do México que nossos parceiros do Autocosmos enviaram uma avaliação exclusiva da Ram 700, que vem de presente para comemorarmos a edição 700 de Autoesporte. A configuração avaliada tem motor 1.3 Firefly movido apenas a gasolina, com 99 cv de potência e 13 kgfm de torque, e câmbio automático CVT com sete marchas simuladas. Em relação à Strada brasileira, a Ram 700 tem diferenças pontuais de estilo, como a grade dianteira inspirada na prima maior 1500 Rebel, um chamativo letreiro com o nome da marca na tampa da caçamba e logotipos da marca do carneiro em substituição aos da Fiat nas rodas e no volante. De resto, é o mesmo produto. Pacote de equipamentos da Ram 700 é semelhante ao da Strada Divulgação No México, a configuração 1.3 CVT da Ram 700 é aplicada às versões Bighorne e Laramie, ambas com cabine dupla. A mais cara traz faróis de LED e bancos de couro sintético. A básica já inclui rodas de liga leve aro 15, capota marítima, para-choque traseiro com degrau para acesso à caçamba, volante multifuncional, travas e vidros elétricos, duas entradas USB tipo A e central multimídia de 7 polegadas com Android Auto e Apple CarPlay (por cabo). Na alavanca de câmbio há um engate lateral para ativar a troca manual sequencial das marchas: para baixo, a subida das marchas; para cima, as reduções. Em segurança, a Ram 700 traz um pacote similar ao da nossa Strada 1.3 CVT: quatro airbags, freios ABS (antitravamento) com EBD (distribuição eletrônica de frenagem), controles de estabilidade e de tração, monitoramento de pressão dos pneus, assistente de partida em rampas, sensor de estacionamento traseiro, câmera de ré, bloqueio eletrônico de diferencial (TC+), freios dianteiros a disco e traseiros a tambor. Ram 700 é 1 cv mais potente que a nossa Strada Divulgação Com 1 cv a mais de potência que a Strada 1.3 com gasolina, poderíamos esperar um desempenho moroso, mas não chega a ser o caso. Em ambientes urbanos, a Ram 700 roda como se fosse um SUV de entrada. Se o torque (0,2 kgfm abaixo do da irmã Fiat vendida no Brasil) não é abundante, pelo menos está quase todo presente em regimes mais baixos de rotação, o que ajuda bastante. O câmbio CVT tenta manter o motor sempre a giros mais baixos. Se o motorista acelerar com progressividade e as condições do trajeto permitirem, é possível rodar a uma velocidade de cruzeiro de 100 km/h com o motor a 2.000 rpm. E, se precisar de um pouco mais de vigor, pode-se acionar o modo Sport ou trocar as marchas pelo modo sequencial da alavanca (não há paddle-shifters). Nos aclives, a Ram 700 sofre um pouco mais que um SUV mais potente, mas nada que preocupe: o assistente de partida em rampas atua bem. Não esperávamos muito dessa picape pequenina, mas fomos surpreendidos por seu desempenho mais que competente, mesmo com quatro adultos a bordo. A suspensão absorve bem as irregularidades do solo e permite trafegar até por estradas de terra de forma cômoda e eficiente. Painel é simples como o da Strada; logo no volante e faixas em marrom buscam o elo perdido com a Ram Divulgação Em nosso teste, a Ram 700 CVT registrou consumo de 16,1 km/l em ciclo misto, após 120 km rodados com a caçamba vazia. É mais do que os 14,2 km/l que a Strada brasileira obtém em circuito apenas rodoviário na homologação do Inmetro. Pontos para a gasolina mexicana com somente 10% de etanol na composição, mais pura que a brasileira, que tem 27,5%. Para uma análise mais real, emprestamos a Ram 700 a uma empresa de organização de eventos. A caçamba foi enchida com cerca de 350 kg de material, pouco mais da metade de sua capacidade de carga (600 kg). Aí, o consumo no cluster caiu para 8,7 km/l depois de mais 105 km de teste. Obviamente, a picape compacta é sensível ao peso extra. Com preço sugerido de 419.900 pesos mexicanos (pouco mais de R$ 125 mil), a Ram 700 Bighorn CVT é a picape automática mais barata do México. A Laramie sai por 474.900 pesos (R$ 142 mil). Lá, como cá, é um produto voltado a quem quer um veículo “tudo em um”, capaz de combinar trabalho, lazer,

Teste: Ram 700, a irmã gêmea da Fiat Strada que fala portunhol
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Picape vendida no México é produzida no Brasil e tem diferenças em comparação com a Strada Nada é tão brasileiro quanto feijoada, caipirinha, pão de queijo e... caminhonetes compactas. Nossas picapinhas sempre foram objeto de surpresa e certa admiraç >>>

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