GM demite funcionários da fábrica São José dos Campos por telegrama

São Paulo A General Motors demitiu trabalhadores da fábrica de São José dos Campos por telegrama na manhã desta sexta-feira (3). A montadora não disse a quantidade de funcionários afetados pela decisão. Em nota, a GM afirmou que os desligamentos fazem parte do processo de "adequação do quadro de empregados anunciado em outubro de 2023", firmado em acordo coletivo. A empresa disse ainda que a medida foi "necessária" e "permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade". Fábrica da General Motors em São José dos Campos, interior de São Paulo - Roosevelt Cassio -22.jan.19/REUTERS Em imagens do comunicado enviado aos funcionários que circularam nas redes sociais, é possível ler que havia trabalhadores em licença remunerada, a terminar nesta semana. É pedido pela GM que o funcionário compareça em encontro marcado para "providências administrativas" e "demais orientações relacionadas ao término do contrato de trabalho". A montadora, que opera três unidades no estado —São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes— abriu um PDV (programa de demissão voluntária) em acordo com os Sindicatos dos Metalúrgicos das regiões afetadas no final do ano passado, após a Justiça do Trabalho determinar a reintegração de funcionários demitidos. Em São José dos Campos, 839 trabalhadores foram reintegrados após a dispensa. Folha Mercado Receba no seu email o que de mais importante acontece na economia; aberta para não assinantes. Carregando... Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, Weller Gonçalves, a entidade analisa que as demissões de hoje estão ligadas aos desligamentos evitados no ano anterior. O acordo firmado entre sindicatos e a GM previa estabilidade para os funcionários reabsorvidos até maio deste ano. Entre os 830 demitidos, a maioria aderiu ao PDV, o qual garantia que funcionários com mais de sete anos de casa receberiam um Onix Hatch, modelo de veículo da marca, ou R$ 85 mil. Eles também receberiam o equivalente a cinco salários, e manteriam o plano de saúde por seis meses (benefício que poderia ser substituído pelo recebimento de R$ 12 mil). Aqueles com menos tempo de vínculo com a GM receberiam seis meses de salário, adicional de R$ 15 mil e plano médico por três meses (ou R$ 6.000). Gonçalves estima que, dentre os aproximadamente 140 trabalhadores que não aderiram ao PDV, alguns tenham sido chamados de volta às fábricas, e cerca de 50 podem ter sido desligados nesta manhã. A GM não confirmou a estimativa. Não há reunião marcada entre a General Motors e representantes do Sindmetal de São José dos Campos, segundo o presidente da organização. Apesar de as demissões não ferirem os acordos prestabelecidos entre a empresa e os sindicatos, Weller Gonçaves afirma que há contradição entre os desligamentos e anúncios de novos investimentos no Brasil feitos pela GM. Em janeiro deste ano, a montadora anunciou um investimento de R$ 7 bilhões em sua operação no Brasil, a serem aplicados entre 2024 e 2028, com foco na mobilidade sustentável. Tópicos relacionados Leia tudo sobre o tema e siga: sua assinatura pode valer ainda mais Você já conhece as vantagens de ser assinante da Folha? Além de ter acesso a reportagens e colunas, você conta com newsletters exclusivas (conheça aqui). Também pode baixar nosso aplicativo gratuito na Apple Store ou na Google Play para receber alertas das principais notícias do dia. A sua assinatura nos ajuda a fazer um jornalismo independente e de qualidade. Obrigado! sua assinatura vale muito Mais de 180 reportagens e análises publicadas a cada dia. Um time com mais de 200 colunistas e blogueiros. Um jornalismo profissional que fiscaliza o poder público, veicula notícias proveitosas e inspiradoras, faz contraponto à intolerância das redes sociais e traça uma linha clara entre verdade e mentira. Quanto custa ajudar a produzir

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