Licença para dirigir na China custa R$ 145 mil e leva até 10 anos para sair

Política para compra de carros a combustão é utilizada nas cidades mais populosas para controlar a poluição No Brasil, qualquer pessoa que puder pagar por um veículo, pode adquirir um. Os brasileiros, aliás, podem até ter mais de um modelo na garagem sem precisar de tanta burocracia. Do outro lado do mundo, nas cidades mais populosas da China, a história é bem diferente. Saiba-mais taboola Em megalópoles como Pequim e em Xangai, há uma política rígida de compra de carros a combustão feita para controlar o trânsito e, principalmente, a poluição. Afinal, na capital, por exemplo, são quase 22 milhões de habitantes e cerca de seis milhões de veículos nas ruas. Um carro por pessoa Nestas cidades, só é possível dirigir um carro depois de ter uma placa - assim como no Brasil. A diferença é que cada cidadão só tem direito a uma licença. Ou seja, é impossível ter mais de um veículo a combustão nos locais mais populosos da China. Em Pequim, há quase 6 milhões de carros Vitória Drehmer/Autoesporte Fora isso, o processo para ter uma placa custa caro e é demorado. Quem nasce e mora há muitos anos em Pequim ou Xangai precisa se inscrever em um sorteio. Só uma em cada 2.280 pessoas é premiada para ganhar a licença. Isso significa que o tempo de espera pode chegar a 10 anos. Só que os sortudos ainda precisam pagar por isso. E o valor é de nada menos do que 200 mil yuan, o equivalente a R$ 145 mil. Como a China dominou o mercado global de baterias? China triplica número e vira o segundo país que mais exporta carros para o Brasil Salão de Pequim tem carro da Xiaomi e surpresas para o Brasil; veja top 5 Depois de ter a sua placa, não é permitido vender para outras pessoas. Só os familiares podem herdar a licença. De acordo com uma guia chinesa, muitos burlam a lei e até se casam em troca de dinheiro - e de placas. Forasteiros não são bem-vindos Isso porque, além de toda essa burocracia, quem não tem uma placa local e é de outra cidade, não pode dirigir nas áreas mais centrais de Pequim e Xangai em nenhum dia. Maiores cidades da China têm rodízio, assim como em São Paulo Vitória Drehmer/Autoesporte E se um chinês quiser se mudar para esses locais? Não vai poder dirigir? Quem nasce em outra cidade e vai morar em Pequim ou Xangai precisa residir localmente por pelo menos cinco anos para tentar garantir a licença de carros a combustão. E os habitantes também precisam se adequar ao rodízio de carros, assim como acontece em São Paulo (SP). O sistema, aliás, funciona da mesma maneira: de segunda a sexta-feira, alguns modelos não podem ser usados, de acordo com o número final da placa. Desta forma, são cerca de 200 mil veículos a menos na ruas por dia. E os elétricos? Conseguir uma placa para carro elétrico é mais fácil na China Vitória Drehmer/Autoesporte Comprar e dirigir um carro elétrico nessas cidades é muito mais tranquilo. Normalmente, os próprios concessionários já fazem o processo e entregam o veículo emplacado para o dono. Em outros casos, o processo é semelhante ao Brasil: sem sorteio e sem longa espera. Isso porque a quantidade de licenças liberadas para modelos movidos a bateria é muito maior, de 20 mil unidades por mês. Carros a combustão só têm 6.000 exemplares disponíveis no período. Também há uma diferença nas placas. Os elétricos recebem patentes de cor verde. Já nos modelos a combustão a licença é azul. Carros elétricos recebem placas verdes na China Vitória Drehmer/Autoesporte Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital. Mais Lidas

Licença para dirigir na China custa R$ 145 mil e leva até 10 anos para sair
Publicidade (DT)
Publicidade (DT)
Política para compra de carros a combustão é utilizada nas cidades mais populosas para controlar a poluição No Brasil, qualquer pessoa que puder pagar por um veículo, pode adquirir um. Os brasileiros, aliás, podem até ter mais de um modelo na garagem >>>

Essa é mais uma manchete indexada e trazida até você pelo site AUTOMUNDO.