Pesquisa inédita da CNTA mostra o perfil das mulheres caminhoneiras do Brasil
Olá, meninas! Tudo certinho por aí? Hoje o papo é com as caminhoneiras. Buscando alternativas para melhorar o cenário dos transportes para as mulheres, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) organizou a pesquisa: “Realidades e desafios das caminhoneiras nas estradas”, realizada exclusivamente com mulheres que atuam na profissão. A pesquisa reuniu dados fornecidos pelas próprias profissionais, entre 25 de agosto a 3 de setembro de 2023. Afinal, nada melhor que dar voz a elas para entender os desafios nas rodovias do Brasil. Além disso, o estudo também traçou um perfil das profissionais que atuam no transporte de cargas atualmente. Através de um formulário online, 72 mulheres caminhoneiras responderam cerca de 20 perguntas sobre o dia de trabalho, dificuldades, expectativas, salários etc. O objetivo do estudo é levantar dados da realidade delas, com informações que vão contribuir para embasar a CNTA em atuais e futuras discussões sobre o assunto, além de servir como forma de apoio para pleitear melhorias. Confiram abaixo detalhes da pesquisa!Faixa etária das mulheres caminhoneirasEntre as motoristas participantes, 34,7% têm idade entre 31 a 40 anos, enquanto que 33,3% estão entre 41 a 50, ou seja, quase 70% das profissionais está acima dos 30 anos de idade, mostrando um perfil de mulheres que já possuem certa experiência no mercado de trabalho, mesmo que em outras funções. Outra faixa etária destacada é entre 20 a 30 anos, representando uma parcela de 19,4% de profissionais que estão começando a trajetória profissional, muitas vezes optando por iniciar no transporte de cargas. Ainda de acordo com a pesquisa, cerca de 11,1% das profissionais têm entre 51 a 60 anos e somente 1,4% tem acima de 60 anos. Tempo de profissãoQuando perguntadas sobre o tempo de profissão é possível observar um aumento da participação destas mulheres nos últimos anos. De acordo com o estudo, 43,1% das mulheres caminhoneiras estão na profissão a menos de cinco anos. Cerca de 33,3% das profissionais já atuam no transporte de cargas entre cinco e dez anos e apenas 4,2% atua no transporte há mais de 26 anos. Ou seja, de acordo com estes dados, mais de 70% das mulheres caminhoneiras entraram no transporte nos últimos dez anos. Entre as participantes, 12.5% trabalha como motorista de caminhão entre 11 a 15 anos e cerca de 6.9% está na atividade entre 21 e 25 anos. Formato de trabalhoDas mulheres caminhoneiras entrevistadas, 72,2% trabalham em regime CLT, enquanto 27,8% atua como motorista autônoma. Principais motivos para se tornar caminhoneiraEntre os principais motivos citados pelas entrevistadas, 69,6% escolheu por amor à profissão. Já 14,2% citou a independência financeira como principal motivo, enquanto 6,1% disse que é a liberdade. Um percentual de 5,7% escolheu a profissão para seguir os passos do pai e 4,3% por necessidade. “Sensação” de segurança nas estradasA sensação de que as estradas são inseguras foi um ponto apontado no estudo. As participantes foram perguntadas em relação à sensação de segurança atuando na profissão e aproximadamente 29,2% respondeu se sentir parcialmente segura. Porém, 26,4% não se sente segura e 22,2% se sente um pouco segura. Cerca de 18,1% se sente segura e apenas 4,2% se sente totalmente segura. Preconceito, assédio moral e sexualSituações de preconceito foram citadas por 65,3% das mulheres que disseram ter passado por isso algumas vezes. Cerca de 19,4% sofreu preconceito frequentemente, enquanto 11.1% nunca sofreu e 4,2% passou pela situação uma vez.Quando questionadas sobre situações de assédio moral, 45.8% das mulheres disseram ter passado por isso algumas vezes, enquanto 26.4% nunca sofreu este tipo de assédio. Cerca de 19,4% passou pela situação uma vez, enquanto 8,3% passa por assédio moral frequentemente.Em relação a já ter sofrido assédio sexual, 37,5% afirma nunca ter passado pela situação, enquanto 36,1% sofreu este tipo de assédio algumas vezes. Cerca de 22,2% sofreu assédio sexual uma vez e 4,2% passa pela situação frequentemente. Receber menos por ser mulher e ter sua capacidade subestimadaCerca de 70.8% garante nunca ter recebido menos somente por ser mulher, porém, aproximadamente 16,7% afirmou ter passado por isso algumas vezes. Já uma média de 6,9% passou pela situação uma vez, enquanto 5,6% relata passar por isso frequentemente.Sobre ter sua capacidade subestimada, ou seja, ter colegas ou superiores que duvidam das suas capacidades profissionais, 69,4% passou por situações assim algumas vezes e 18.1% passa frequentemente. Por volta de 6.9% nunca teve a capacidade subestimada e 5,6% passou por isso uma vez.Envolvimento em acidentes As entrevistadas foram perguntadas se já haviam se envolvido em algum acidente com o caminhão e 77,8% nunca sofreu nenhum acidente, enquanto 22.2% já se envolveu em algum sinistro. Vítima de roubo/furto de cargasCerca de 81.9% não foi vítima de nenhum roubo ou furto de cargas, porém, 18,1% já passou por situações assim.Condição de infraes
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