Verstappen quebra Ferrari ao cravar pole, e só caos é capaz de parar Red Bull na Austrália

A classificação deste sábado (23) no Albert Park mostrou, uma vez mais, que é preciso ser perfeito para derrotar Max Verstappen. Depois de liderar dois dos três treinos livres do fim de semana, além das duas primeiras fases da sessão que definiu o grid, a Ferrari parecia ter nas mãos a chance de bater a Red Bull e a cravar a primeira fila. Só que, quando foi para valer mesmo, faltou aquele algo a mais, o toque de mágica que desconserta o adversário. Em contrapartida, o tricampeão taurino cresceu na fase decisiva para conquistar a pole-position, a terceira em 2024, o que o coloca também em uma posição ainda mais forte para tentar um novo triunfo na temporada. A sensação de que a Ferrari também desperdiçou uma oportunidade quase única vem de alguns fatores. E um deles diz respeito ao próprio Verstappen. A verdade é que o neerlandês encontrou obstáculos ao longo dos treinos e da classificação. Por exemplo, desde os primeiros momentos na pista australiana, há uma queixa recorrente de Max. O RB20 apresentou certo desequilíbrio, principalmente na parte dianteira, faltava aderência. O líder do campeonato reclamou muito que o carro saía de frente e perdia performance. Foi preciso um trabalho mais detalhado dos engenheiros, e isso só foi corrigido mesmo na transição do Q2 para o Q3. E como se não bastasse, a Red Bull também teve de trocar a unidade de potência do carro #1 depois da escapada durante o TL1 — que, inclusive, provocou um sério dano no assoalho. Ainda, Verstappen enfrentou dificuldades até acertar o terceiro setor do circuito. Por isso, a forma costumeira só apareceu mesmo no trecho derradeiro da classificação. E aí, sem erros, o principal piloto do grid não poupou nada, assegurando a posição de honra. “Quer saber? Realmente pensei que a Ferrari estava em vantagem sobre nós”, disse o chefe taurino Christian Horner ao canal Viaplay. “Foi certamente a primeira vez que conseguimos acertar o setor 3”, ressaltou. Verstappen reuniu tudo que precisava para se colocar no melhor posto possível — tanto que foi o único a virar abaixo de 1min16s, a pole veio em 1min15s915 — e será uma tarefa hercúlea para a concorrência. E diante de uma perspectiva de um ritmo de corrida consistente, a impressão que fica é que somente uma eventual balburdia em Melbourne será capaz de tirar o neerlandês e sua equipe do rumo da vitória. Mas e a Ferrari? A escuderia italiana contou com um assertivo Carlos Sainz, que garantiu a primeira fila, depois de liderar as duas primeiras fases da classificação. Mesmo se recuperando da cirurgia feita há duas semanas, o espanhol encaixou uma volta limpa no fim e salvou a equipe do vexame. Enquanto isso, Charles Leclerc tentou um acerto mais agressivo após também reclamar a SF-24 estava saindo muito de frente. A manobra não deu certo e, além disso, o monegasco cometeu muitos erros em suas tentativas de voltas rápidas. Tantos que acabou abortando o giro o final. Ainda assim, Leclerc vai largar em quarto, ajudado por uma sanção a Sergio Pérez — o mexicano caiu para sexto depois de ser punido por bloquear Nico Hülkenberg. Mesmo fora da pole, a esquadra chefiada por Frédéric Vasseur ainda tem uma oportunidade na corrida deste domingo. A vitória é uma história diferente, mas há chance, acredita o mandatário. “É difícil explicar, é sempre uma questão de centésimos”, começou o dirigente francês. “Temos de prestar atenção nisso e não tirar conclusões precipitadas. Desde ontem, estávamos focados em como melhorar o carro, em como fazer um trabalho melhor, não em qual poderia ser o resultado da classificação, pois não é a abordagem correta”, acrescentou, reconhecendo, todavia, que “há sempre mais potencial para ser extraído”. “A última volta de Carlos foi boa, mas ele cometeu um pequeno erro. Talvez sem isso, poderíamos ter lutado por mais. Isso vale para Charles. Agora vamos nos concentrar no amanhã. Os long runs foram bons na sexta-feira, amanhã teremos mais uma chance de conseguir marcar importantes pontos. Não será fácil para os pneus, mas mostramos boa constância e consistência até agora”, emendou. Carlos Sainz, ainda se recuperando de uma cirurgia, vai largar em segundo na Austrália (Foto: Ferrari) A aposta da Ferrari no ritmo de corrida é acertada. A equipe mostrou um desempenho consistente na simulação durante o TL2, com Leclerc liderando a tabela. A luta pelo pódio é real, muito embora não seja possível dimensionar a posição de Verstappen, uma vez que o ensaio de corrida do neerlandês terminou de forma inconclusiva, por conta dos problemas enfrentados por ele na sexta-feira. Mesmo assim, é difícil não imaginá-lo como favorito. Somado a isso, a Ferrari ainda tem outras preocupações. Pérez é um elemento de ameaça. Apesar da punição, o mexicano deve impor uma performance mais forte neste domingo, para tentar a recuperação. Neste cenário, ainda há a McLaren. A equipe laranja apresentou um desempenho sólido das simulações de corrida, aproveitando muito bem as curvas de alta do traçado de Melbourne.

Verstappen quebra Ferrari ao cravar pole, e só caos é capaz de parar Red Bull na Austrália
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