Teste: novo Porsche Panamera tem suspensão que prevê os buracos do caminho

Motor híbrido mais forte e eficiente a gente já esperava. A suspensão ativa com "memória" é o que surpreende de verdade O Panamera sempre foi um carro que obrigou os designers e engenheiros da Porsche a horas extras. Quando o sedã surgiu, em 2009, o então patrão da marca, Wendelin Wiedeking, deixou claro que queria se sentar na segunda fileira de bancos e viajar sem ficar corcunda. Tendo em conta sua altura, de 1,93 metro, aquela era uma exigência desafiadora para uma marca que ainda tinha no 911 seu best-seller histórico. Claro que já havia a experiência com o Cayenne desde 2002, mas fazer um SUV espaçoso é obviamente mais fácil. Saiba-mais taboola A missão foi bem-sucedida, ainda que o visual do Panamera estivesse longe de ser consensual. Passados 15 anos, chega ao mercado o Panamera de terceira geração. Apenas sedã: a perua Sport Turismo, cujas vendas nunca passaram de 10% da gama, será abandonada. O modelo será lançado na Europa neste mês. Até o fim do ano, deve desembarcar no Brasil. Novo Porsche Panamera E-Hybrid deve chegar ao Brasil até o fim de 2024 Divulgação Não há qualquer vestígio de dilema estético na terceira geração do Porsche Panamera. As linhas parecem bem integradas e há até para-choques que lembram os do 911. O design exterior remete ao Panamera II, mas o diretor do projeto, Thomas Friemuth, garante que as portas são os únicos painéis de carroceria comuns com o antecessor. O para-choque frontal tem uma entrada de ar extra e as janelas, redesenhadas, reforçam a imagem esportiva. + Quer receber as principais notícias do setor automotivo pelo seu WhatsApp? Clique aqui e participe do Canal da Autoesporte. Por dentro, mantém-se a estrutura da cabine com painel e console central formando um T. As molduras podem ser de madeira, alumínio ou fibra de carbono, mas o console traz sempre acabamento em preto brilhante, o que pode não agradar clientes que não gostam de marcas de dedo visíveis. As saídas de ar-condicionado dianteiras parecem as do Taycan, sem partes móveis à vista e com regulação eletrônica. O controle da climatização possui um misto de comandos físicos e digitais. Novo Panamera vem de fábrica com quatro lugares e console central traseiro; acabamento pode ter madeira, alumínio ou fibra de carbono Divulgação Tal como no novo Cayenne, o seletor do câmbio foi do console central para o painel, à esquerda da tela multimídia de 12,3” — que, aliás, está melhor: intuitiva, com gráficos ricos e Apple CarPlay e Android Auto sem fio. O quadro de instrumentos digital de 12,6” é ligeiramente curvo e tem seis modos de tela: Mapa, Mapa Alargado, ADAS (sistemas de segurança ativa), Conta-giros, Visão Noturna e Reduzido. O head-up display agora conta com imagem regulável em altura e luminosidade por meio de botões no volante. Antes, o ajuste ficava na central multimídia. O comprador também pode incluir, opcionalmente, uma terceira tela, de 10,9”, visível apenas para o passageiro dianteiro. De série, são quatro lugares. Uma segunda fila para três ocupantes é opcional. Nela, o estreito assento do meio entra no lugar do console central traseiro. Wiedeking, com sua altura de 1,93 m, talvez reprovasse o espaço para a cabeça, mas qualquer passageiro de até 1,85 m consegue evitar contato com o teto. O porta-malas da versão híbrida plug-in E-Hybrid, que avaliamos, é menor do que o das configurações a gasolina (421 litros versus 494 l), mas ganha dos 403 l de seu antecessor. Novo Porsche Panamera E-Hybrid é equipado com três telas; a do passageiro é um opcional Divulgação Suspensão inteligente Dinamicamente, o desafio do Panamera sempre foi ser uma espécie de 911 de quatro portas: instigante, mas com conforto e luxo. Para se aproximar desse objetivo, os engenheiros mantiveram a plataforma MSB e a suspensão, formada por braços duplos triangulares sobrepostos dianteiros e arquitetura multilink atrás. Porém, o sedã passa a dispor de dois tipos de auxílio eletrônico: o Active Ride (Rolamento Ativo), da variante E-Hybrid, é uma suspensão ativa com baterias de alta tensão; já a Adaptive Air é adaptativa a ar e serve às demais versões, com molas pneumáticas de duas câmaras para deixar o rolamento mais firme ou macio. Novo Porsche Panamera E-Hybrid tem eixo traseiro esterçante Divulgação A altura da carroceria varia em até 5,5 cm. Ao subi-la, facilita-se a entrada e saída dos ocupantes. Ao baixá-la, temos uma condição mais esportiva. O eixo traseiro esterçante, outro opcional, já não é novidade na Porsche. Mas, nesse caso, não só melhora a estabilidade e a agilidade do Panamera como também oferece “sensores que monitoram as forças laterais e, se necessário, aumentam a carga para melhorar a dinâmica”, conforme explica o diretor de desenvolvimento do chassi, Ingo Albers. A grande inovação está na suspensão Active Ride. O princípio não difere muito do chassi ABC do Mercedes-Benz SL, de duas décadas atrás, entretanto, obviamente, em uma aplicação evoluída. Nela, os amortecedores de cada roda se associam a uma bomba

Teste: novo Porsche Panamera tem suspensão que prevê os buracos do caminho
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