Ferrari: quem foi o verdadeiro piloto Alfonso de Portago?

O espanhol volta às manchetes por conta do filme "Ferrari". Saiba mais sobre este personagem, tão marcante para a história da marca italiana 25 fev 2024 - 18h03 (atualizado às 18h05) Compartilhar Alfonso de Portago: o aristocrata veloz Foto: La Carrera Mexicana Com o lançamento do filme “Ferrari” nos cinemas, um personagem tem participação decisiva na história: o piloto Alfonso de Portago. Interpretado pelo brasileiro Gabriel Leone no filme, o piloto espanhol tem um final trágico e seu acidente decreta o fim da tradicional Mille Miglia. Então, cabe saber quem foi esta intrigante pessoa.Alfonso de Portago “Fon”  nasceu em Londres, em 1928. Mesmo assim, sua nacionalidade era espanhola, já que era uma família aristocrata do país. Além disso, seu nome foi uma homenagem ao Rei Alfonso XIII da Espanha, que era seu padrinho, criado em Biarritz, na França. Aos 17 anos, ganhou uma aposta quando sobrevoou de avião a Tower Bridge, a mais famosa ponte de Londres. Outra coisa que o espanhol gostava muito era de cavalos, chegando a disputar algumas competições. Notícias relacionadas Portago no colo do Rei Alfonso XIII Foto: Wikimidia Commons Em 1949, casou-se com a ex-modelo americana Carroll McDaniel, tendo dois filhos. Porém, existiam problemas no relacionamento: McDaniel era bem mais velha que o espanhol, mal se conheciam quando casaram e isso viria a ser uma questão importante ao passar dos anos.Em 1953, aos 25 anos, começou a participar de corridas de automobilismo. Sua estreia foi como navegador de Luigi Chinetti na Carrera Panamericana, no México. Chinetti era tricampeão de Le Mans, um piloto bastante reconhecido no meio, até porque conquistou a primeira vitória da Ferrari na prova, em 1949, e posteriormente fundiária a NART, braço americano da marca italiana. Mas a empreitada não foi boa, com a dupla abandonando a prova.A Carrera Panamericana era uma prova inspirada nas Mille Miglia, corrida que passava pelas estradas italianas. Porém era mais desafiadora, tendo duração de 27 horas em sua primeira edição. Ao longo dos anos, o traçado foi sendo diminuído, mas ainda era uma prova bem longa. Estas corridas de estradas tinham uma dinâmica bem própria: cada carro largava separadamente, tendo por objetivo marcar o melhor tempo em um percurso longo, tendo pontos de paradas nas cidades que o evento passava para reabastecimento e troca de pneus, não podendo acontecer manutenção dos veículos em caso de alguma quebra durante os trechos.Pronto para ser piloto Ferrari 250 MM Vignale Spyder Foto: Wikimedia Commons Em 1954, Portago começou a pilotar de fato.  Dinheiro não era um problema, então tratou logo de comprar uma Ferrari 250 MM Vignale Spyder e chamou o piloto americano Harry Schell, um campeão por classe nas 24 Horas Le Mans de 1953, para dividir o carro naquela edição da Mille Miglia. Aquela prova ficou com a dupla Nino Farina e Umberto Maglioli, pilotando uma Ferrari 375 MM oficial de fábrica, correndo pela classe de carros com motores maiores que três litros (S+3.0).Mas a dupla Portago e Schell não decepcionou, chegaram em 2° lugar na classificação geral, vencendo a classe para carros de 3 litros (S3.0). O resultado animou a dupla, que inscreveu o carro nas 12 Horas de Sebring, mas acabaram não completando a prova. Portago não era conhecido por ser um piloto delicado e vivia quebrando os carros com tamanha agressividade que pilotava.Portago chegou a disputar as 24 Horas de Le Mans com uma Maserati A5GCS (S2.0) oficial de fábrica, tendo o argentino Carlos Tormasi como companheiro, mas abandonaram. O espanhol correu o Tour de France, outra corrida de estrada, onde pela primeira vez apareceu com o americano Edmont Nelson, que era seu navegador (o que era opcional). Empolgado, Portago resolveu voltar a Carrera Panamericana, mas sozinho. Como tinha sido navegador no ano anterior, talvez pensou que não precisasse de um, acabou abandonando a prova. Ainda conseguiu duas vitórias na temporada:  Bahamas Cup e a corrida de Metz. Em 1955, correu com carros da Ferrari, mas ainda com entradas privadas, e venceu duas provas, ambas nas Bahamas.Piloto de fábrica da Ferrari e F1 Ferrari D50, modelo da Ferrari na temporada 1956 da F1 Foto: X / Reprodução Em 1956, foi contratado para ser piloto de fábrica da Ferrari. Disputou as 12 Horas de Sebring, 24 Horas de Le Mans, 1000 Km de Nurburgring, onde chegou em 3° lugar, além de outras grandes provas de endurance. Portago correu o Tour de France com a Ferrari 250 GT ao lado de Edmont Nelson novamente e venceu a prova, sendo o primeiro grande feito do espanhol.Portago também correu nas últimas quatro provas da temporada da F1 também. É preciso lembrar que na época a F1 não era tão forte quanto as corridas de sportscar. O espanhol quebrou na França com poucas voltas. Na Grã-Bretanha,

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